Juiz Marcelo
Bretas aceita denúncia contra ex-secretário do Rio Sérgio Côrtes e mais 23
pessoas;
O juiz
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, aceitou denúncia do Ministério
Público Federal (MPF) e tornou réus o ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio
Côrtes e mais 23 pessoas, por crimes de participação em organização criminosa,
fraude e corrupção ligados ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
(Into).
A decisão de
Bretas foi tomada na segunda-feira (13) e tornada pública nesta terça-feira
(14).
ENTENDA O
CASO
A ação é um
desdobramento das operações Fatura Exposta e Ressonância, no âmbito da Lava
Jato, que aprofundaram as investigações de uma organização criminosa
responsável por corrupção, fraudes à licitação, cartel e lavagem de capitais em
contratos entre o Into e o governo do Rio.
Segundo a
denúncia, os réus participaram, entre 2007 e 2016, de fraudes em processos de
licitação para o Into, envolvendo compra de material médico-hospitalar, insumos
e outros bens.
Os
denunciados são: Sérgio Côrtes, Miguel Iskin, Gustavo Estellita, Marco Antonio
de Almeida, Marcus Vinícius de Almeida, Gaetano Signorini, Luiz Sérgio Braga
Rodrigues, Márcia de Andrade Cunha, Wlademir Rizzi, Adalberto Rizzi, Antonio
Georgete, Ivan Ireno, Frederik Knudsen, Daurio Speranzini, Ermano Marchetti,
Norman Gunther, Devanir de Oliveira, Leandro Camargo, Julio Cezar Alvarez, Jair
Veiga, André Loyelo, Luis Carlos Moreno, João da Luz e Rafael Magalhães.
“Após
exaustiva investigação que contou com medidas cautelares de quebra de sigilo
bancário, fiscal, telefônico e telemático, as Operações Calicute e Eficiência
conseguiram demonstrar como a organização criminosa comandada por Sérgio Cabral
atuou para praticar atos de corrupção e lavagem que desviaram mais de US$ 100
milhões dos cofres públicos, mediante engenhoso processo de envio de recursos
oriundos de propina para o exterior”, assinalaram na denúncia os 11
procuradores que a subscrevem.
DELAÇÃO
PREMIADA
De acordo
com a denúncia do MPF, por meio do acordo de colaboração premiada firmado por
Cesar Romero, ex-subsecretário de Saúde, foi possível desbaratar as fraudes nas
licitações no Into e na própria secretaria.
“De acordo
com o depoimento do citado colaborador, Sergio Cortes, ex-diretor geral do Into
e ex-secretário de Saúde, montou uma engrenagem dentro do órgão para beneficiar
o empresário Miguel Iskin e seu sócio Gustavo Estellita, ambos responsáveis
pela empresa Oscar Iskin, direcionando as licitações a fim de sagrar as
empresas indicadas por eles como vencedoras, valendo-se inclusive de pregões internacionais”,
escreveu Bretas em sua decisão.
Fonte: Portal Viu
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