Para presidente, quem tem menos de 40 anos poderia voltar a
trabalhar
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (9)
que espera a normalização da atividades do país em menos de "três ou
quatro" meses, para não haver, segundo ele, uma complicação no cenário
econômico. Ao citar os gastos de cerca de R$ 600 bilhões para programas de
combate à pandemia do novo coronavírus e manutenção de empregos e renda das
empresas, o presidente comparou a situação às margens de um rio após a destruição
de uma ponte.
"Estamos com esses R$ 600 bilhões mantendo a comunicação
com as duas margens do rio, só que temos um limite, acredito que três meses ou
quatro meses fica complicado, então a gente espera que as atividades voltem
antes disso", afirmou durante sua live semanal transmitida pelo Facebook.
Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social amplo
para pessoas fora dos grupos de risco da covid-19, como idosos e pessoas com
doenças crônicas. "Por mim, quem tem menos de 40 anos já estaria
trabalhando, porque nós deveríamos, no meu entender, partir para o isolamento
vertical", disse.
O presidente lembrou decisão do ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), que assegurou a autonomia de governos
estaduais e prefeituras para determinar medidas de fechamento de comércio e isolamento
social, e disse que quem se sente prejudicado por essas decisões deve cobrar os
governadores e prefeitos. Ainda de acordo com presidente, no entanto, alguns
estados e cidades já estão retomando as atividades, como ele defende.
"Eu tenho certeza que brevemente isso tudo estará
resolvido. Tenho notícias que alguns governadores, alguns prefeitos também,
[em] cidades que não tem ninguém detectado com o vírus, está sendo liberado [o
comércio] pelo respectivo governador", afirmou.
O número de mortes decorrentes do novo coronavírus totalizou
941, segundo atualização divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira.
Ao todo, o Brasil registrou 141 mortes e 1.930 novos casos confirmados nas
últimas 24 horas.
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