Bretas atendeu ao pedido feito pelo procurador federal
Sergio Pinel, que alegou falta de segurança em Benfica
Rio - O juiz Marcelo Bretas,
da 7ª Vara Federal Criminal, determinou nesta segunda-feira, a
transferência de Sérgio Cabral para um presídio federal. O ex-governador do
estado foi transferido que cumpria pena no
Complexo Penitenciário de Gericinó, desde novembro, foi transferido em
maio para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. presídio para onde ele será enviado ainda não
foi escolhido.
O magistrado atendeu ao pedido feito pelo procurador federal
Sergio Pinel, que alegou falta de segurança no presídio onde Cabral se
encontra, em Benfica. Pinel ainda disse que Cabral comentou saber informações
sobre a família de Bretas, que trabalharia no setor de bijuterias, o que
comprovaria que ele tem acesso a informações privilegiadas dentro da cadeia.
"O que levou o Ministério Público Federal (MPF) a
requerer a transferência de Sérgio Cabral foi uma afirmação no seu
interrogatório de que teria obtido na prisão informações a respeito da vida da
família do magistrado. Isto o MPF acha que é muito grave. A prisão não tem sido
suficiente para afastar o réu de informações de fora da cadeia e levou a pedir
sua transferência", explicou Pinel. Ainda não há informações sobre
Cabral está preso desde novembro do ano passado, após as
investigações da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que prendeu o
ex-governador e várias pessoas ligadas a sua gestão no governo.
O advogado Rodrigo Roca, que defende Cabral, considerou a
decisão arbitrária e disse que vai recorrer. "Arbitrária, ilegal e nós
vamos levar ao conhecimento do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, para que
ele decida e dê a última palavra. Se for necessário, vamos aos tribunais de
Brasília", disse Roca, ressaltando que a decisão representa cerceamento à
defesa.
Cabral é condenado a mais 13 anos de prisão
O ex-governador do estado Sérgio Cabral foi condenado nesta
sexta-feira, pela terceira vez na Lava Jato. O juiz federal Marcelo Bretas
setenciou mais 13 anos de reclusão a Cabral, pelo crime de lavagem de dinheiro
no âmbito da Operação Mascate.
O ex-governador, que é réu em 16 processos, está preso desde
novembro do ano passado. Além dele, foram condenados pelo mesmo crime Carlos
Miranda e Ary Ferreira da Costa Filho, apontados pelo Ministério Público
Federal (MPF) como operadores financeiros de Cabral. O magistrado aplicou pena
de 12 anos de prisão a Miranda e 9 anos e 4 meses a Costa Filho.
Com informações da Agência Brasil
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