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23/05/2019

PALESTRA E TARDE DE AUTÓGRAFO EM ITAPERUNA-RJ


No dia 1 de junho o Bispo Auxiliar de Niterói, Dom Luiz Antônio Lopes Ricci fará palestra Políticas Públicas de Saúde em defesa da vida e da dignidade humana no Salão da Paroquia São José do Avahi em Itaperuna. Apos a palestra será realizada um tarde de autógrafos do livro A morte social: Mistanásia e Bioética.As inscrições podem ser feitas na Livraria Santo Agostinho. O evento é uma realização da Pastoral da Comunicação com a Pastoral da Saúde da Diocese de Campos e faz parte do Projeto Comunicação & sociedade.

- Debater a temática Políticas Públicas e colocar em destaque outras situações sociais que precisam ser colocada em debate nesse tempo de muitos problemas sociais que afetam a vida e a dignidade humana. O Projeto tem como importância rever esses problemas e conscientizar a sociedade desses agravantes que remetem a uma ação governamental, mas que cada um faça sua parte paara diminuir tantas situações contra a vida e a dignidade da pessoa humana. - destaca Padre Maxiliano Barreto - Coordenador da Pastoral da Comunicação da Diocese de Campos.

Dom Luiz Antônio informa que a Igreja Católica se volta para situações existenciais do povo brasileiro. “Nesta fase, a Igreja, com a realização das CF, tem contribuído ao evidenciar situações que causam sofrimento e morte em meio ao povo brasileiro, nem sempre percebidas por todos”. A CF, com a sensibilização e o chamado ao comprometimento é, sem dúvida, um caminho de conversão. e fala da necessidade de debater o tema.

- Estimular a participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”. Políticas Públicas, como resolução de problemas urgentes e persistentes, “são as ações do Estado ou do Governo na solicitude para com os mais necessitados. Tornam-se para todos os cidadãos expressão do Direito e da Justiça. Como cristãos, som. - pontua o bispo.

Dom Luiz informa que a Mistanásia, neologismo cunhado em 1989, por Márcio Fabri dos Anjos, teólogo bioeticista, para designar a morte precoce e evitável, miserável e infeliz, antes da hora. Trata-se de um final de vida injusto. Ao fazer uma contraposição entre eutanásia e mistanásia, ele afirma, categoricamente, em seu texto referencial que tanto o viver quanto o morrer devem ser revestidos de dignidade. Não se trata de matar, ajudar ou deixar morrer, mas de morte antecipada e totalmente precoce (“anacrotanásia”) por causas previsíveis e preveníveis, mortes escondidas e não valorizadas. Nasce uma bioética profética, crítica, afirmativa e preventiva.

- A mistanásia é geralmente a morte do pobre, resultado de uma vida precária e com pouca ou nenhuma qualidade. É uma morte indireta, causada pelo abandono, omissão ou negligência social e também pessoal. Por essa razão conceituamos como “Morte Social”.O desvelamento da morte silenciosa também é um modo de se atribuir justiça às suas vítimas, insistindo no argumento da responsabilidade moral pela vida confiada: a morte mistanásica “do outro” é sempre um evento “dos outros”; implica não deixar morrer. Mistanásia é um conceito de grande poder provocatório e convocatório, sobretudo no campo ético-moral, justamente por ser capaz de deslocar o foco ao situar a morte precoce na esfera do “mal evitável”, evocando o princípio moral de “evitar o mal”. A morte é comum a todos, contudo a desigualdade

social pode antecipá-la, tornando-a “desigual”, com sérias implicações éticas. A morte natural é inevitável e deve ser acolhida e não removida da existência. - relata Dom Luiz.

O Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde, Alex Mota destaca as frentes de debates o problemas está o subfinanciamento do SUS e as conseqüências da Emenda Constitucional (EC) 95, que congela os investimentos em saúde pública, até 2036. Essa emenda causará um prejuízo estimado em R$ 400 bilhões para o SUS.

Com objetivo de reverter essa situação vários seguimentos da sociedade civil vêm se mobilizando no fortalecendo a cidadania para contribuir no Controle Social em Conselhos de Direitos. Dessa forma o Conselho Nacional de Saúde tem se mobilizado para revogar essa decisão e precisa contar com nosso apoio, e das entidades e movimentos sociais na ampliação do abaixo assinado contra a EC 95.

A Pastoral da Saúde em todos níveis de circunscrição pastoral vem sensibilizando coordenadores e agentes, para que os mesmos se tornem multiplicadores, levando informação para a população das comunidades nas quais eles atuam, sobre a necessidade de incentivar as pastorais, comunidades cristãs, associações religiosas e movimentos eclesiais com ações que levem as resoluções de problemas sociais no processo de reformulação das Políticas Públicas numa ação conjunta em defesa do SUS. – destaca Alex.

FONTE: RICARDO GOMES 

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