Com delação de empresário envolvido em esquema de corrupção em municípios do Espírito Santo, MP poderá ampliar investigações
Responsável pela prisão da Prefeita de Presidente Kennedy
(ES), Amanda Quinta (PSDB), a Operação Rubi poderá ter desdobramentos em outras
cidades, incluindo municípios do Estado do Rio de Janeiro.
Deflagrada em maio deste ano pelo Ministério Público do
Espírito Santo (MP-ES), a operação desmantelou um esquema de corrupção nas
cidades de Kennedy, Jaguaré, Piúma e Marataízes.
O esquema envolvia fraudes em licitações e pagamentos de
propina na administração pública.
Empresário Marcelo Marcondes Soares | Foto: Reprodução
Preso em flagrante quando chegou a casa da prefeita de
Kennedy com propina de R$ 33 mil, o empresário Marcelo Marcondes assinou acordo
de delação premiada, o que lhe garantiu prisão domiciliar com uso de
tornozeleira eletrônica. Ele estava cumprindo prisão preventiva no Complexo
Penitenciário de Viana. O alvará de soltura foi expedido pela 2ª Vara Criminal
de Vitória.
O empresário vive no Rio de Janeiro. Consta que ele também
atuou na limpeza urbana em algumas cidades do Estado fluminense. Entre esses
municípios, estaria Conceição de Macabu, no Norte Fluminense, com contrato de
R$ 100 mil/mês.
O empresário é considerado peça chave para ampliar o raio de
investigação iniciado no Sul do Espírito Santo. Caso haja evidência de que o
esquema de corrupção foi além das fronteiras do Espírito Santo, o MP-ES poderá
pedir a cooperação das autoridades do Rio de Janeiro.
ENTENDA A OPERAÇÃO RUBI
Segundo as investigações, no dia 8 de maio, o empresário
Marcelo Marcondes Soares foi flagrado levando uma mochila com a quantia de R$
33 mil até a casa da prefeita afastada de Presidente Kennedy, Amanda Quinta e
do ex-secretário de Desenvolvimento da cidade, José Augusto de Paiva. Os dois
vivem uma união estável.
O esquema de corrupção acontecia nas outras três cidades do
Espírito Santo com o mesmo modus operandi.
Outras pessoas ligadas à empresa Limpeza Urbana, que pertence
ao empresário, assim como agentes públicos denunciados, continuam presas
preventivamente.
Entre essas pessoas, está o motorista de Marcondes.
Formalmente ele era sócio da firma, mas, na prática, segundo o MP, atuava
apenas laranja” do negócio. Também estão presos a prefeita Amanda Quinta e o
marido José Augusto.
FONTE: PORTAL VIU
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