O porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros,
afirmou nesta quarta-feira (9) que o presidente Jair Bolsonaro não pretende,
por enquanto, tomar a decisão de sair do PSL. Durante a tarde, Bolsonaro se
reuniu com pelo menos 15 deputados federais do partido para discutir a situação
da legenda.
Participaram da reunião os parlamentares Luiz Philippe de
Orléans e Bragança (SP), Bia Kicis (DF), Luis Lima (RJ), Bibo Nunes (RS), Chris
Tonietto (RJ), Ubiratan Sanderson (RS), General Girão (RN), Hélio Lopes (RJ),
Carlos Jordy (RJ), Alê Silva (MG), Márcio Labre (SP), Soraya Manato (ES), Guiga
Peixoto (SP), Aline Sleutjes (PR) e Junio Amaral (MG).
"Ele [Bolsonaro] destacou que não pretende deixar o PSL
de livre e espontânea vontade. Qualquer decisão nesse sentido seria
unilateral", afirmou Rêgo Barros em entrevista a jornalistas. De acordo
com o porta-voz, o presidente busca preservar seu compromissos de campanha.
"O presidente reiterou que uma de suas premissas, e ele o fez de forma enfática,
é a defesa de suas bandeiras de campanha, que o trouxeram ao Planalto, assim
como vários congressistas", acrescentou.
Mais cedo, a advogada eleitoral Karina Kufa, que representa
Bolsonaro, afirmou que há desgaste na relação entre o presidente e dirigentes
nacionais do PSL. Ela e o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Admar Gonzaga também participaram da reunião de Bolsonaro com parlamentares do
PSL e estudam uma forma de os deputados deixarem a sigla sem serem penalizados
com a perda de mandato por causa da infidelidade partidária. No caso do
presidente e outros integrantes do PSL com cargo majoritário (governador,
prefeito e senador), uma eventual troca de partido não é vedada pela
legislação.
Após ter eleito a segunda maior bancada de deputados federais,
em 2018, e obter o maior número de votos entre todos os eleitores do país, o
PSL passou a ter direito à maior fatia de recursos do Fundo Eleitoral, estimada
em cerca de R$ 400 milhões para o próximo pleito, no ano que vem, que vai
eleger prefeitos e vereadores.
Segundo Rêgo Barros, a expectativa de Bolsonaro é que o PSL
corresponda aos ideais defendidos pelo presidente durante as eleições. "O
que ele deseja do partido, e eu vou repetir, é que o partido seja uma
referência nacional, baseada, inclusive, nos ditames que ele elencou ao longo
da própria campanha."
Agenda
O presidente embarca nesta quinta-feira (10) de manhã para
São Paulo, onde participa do Fórum de Investimentos Brasil (BIF, na sigla em
inglês), um evento internacional de negócios. À tarde, ele concede uma
entrevista. À noite, terá um jantar privado e dormirá na capital paulista. No
dia seguinte, Bolsonaro participa da cerimônia de formatura de sargentos da
Polícia Militar de São Paulo.
Em seguida, o presidente embarca para o Rio de Janeiro, onde
participa, em Itaguaí, na região metropolitana da capital fluminense, de ato de
lançamento de mais um etapa do programa de construção do submarino Humaitá.
Será o segundo dos quatro submersíveis comprados pelo Brasil como parte de
acordo militar firmado com a França.
Após a passagem pelo Rio de Janeiro, Bolsonaro retorna a
Brasília e, no sábado (12), deverá viajar para Aparecida do Norte (SP), onde
pretende visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do
Brasil.
FONTE: AGENCIA BRASIL
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