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23/01/2020

CAOS NA SAÚDE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ: PLANTADORES DE CANA PODE ENCERRAR ATIVIDADES



Diretores dos hospitais contratualizados, Plantadores de Cana, Santa Casa, Beneficência Portuguesa e Álvaro Alvim voltaram a denunciar nesta quinta-feira (23/01), que diante do não pagamento pelos serviços prestados a Prefeitura de Campos, a saúde do município chegou ao “caos”. 

O presidente do Hospital Plantadores de Cana (HPC), Frederico Paes disse que a unidade recebeu um aviso de corte de energia por falta de pagamento nos últimos três meses.

“A situação do HPC é a mais crítica. Recebemos um aviso de corte da empresa de energia. Já comunicamos a situação ao Ministério Público (MP) e ao Judiciário. 70% da receita do hospital vem do poder público municipal, e estamos há seis meses sem receber da Prefeitura. Recebemos uma parcela através da justiça, e outra do estado. De forma espontânea, o município não fez um pagamento. Nossos funcionários estão passando necessidade. Conseguimos com uma rede de supermercado um vale para que possam suprir necessidades básicas “ afirmou Frederico Paes.

Na tarde desta quinta-feira a direção dos Plantadores vai decidir sobre o possível fechamento do hospital.

“Realizamos 350 partos por mês, e mais de 250 mil atendimentos, não podemos continuar funcionando sem receber pelos serviços prestados e com o salário dos nossos colaboradores atrasados.

O diretor do Hospital Álvaro Alvim, Geraldo Venâncio, explica que mesmo com as dificuldades com atraso no pagamento a unidade vem funcionando.

“Precisamos esclarecer que o hospital só recebe pacientes autorizados pela Secretaria de Saúde do município” explicou Geraldo Venâncio.

DENÚNCIA

O diretor da Santa Casa de Misericórdia, Cleber Glória fez uma grave denúncia contra o município.

“O que está acontecendo é um desmonte na saúde de Campos. Não há respeito com os hospitais, médicos estão pedindo exoneração, não há reserva de medicamentos. Ferreira Machado e Hospital de Guarus estão destruídos do ponto de vista físico. Há um desmonte de todos os hospitais. O município tem interesse em destruir os filantrópicos? Eu acho que o município tem interesse em destruir tudo. Porque HGG e Ferreira não têm condição de prestar atendimento a ninguém, somado a isso a incompetência da gestão que impede que os pacientes que estão internados precisando de atendimento nos hospitais sejam transferidos para os filantrópicos para não gerar custo para rede próprio”, afirmou Glória que disse que todos os dias faz contato com a central de internação oferecendo vagas.

“O paciente não é atendido na rede própria e também não está sendo transferido para o contratualizado, porque ele não é transferido”? Isso está acontecendo todos os dias. Eu ligo todos os dias, e esse desmonte tem que ser explicado. Esse silêncio passou do limite. Todos os hospitais estão de porta abertas, mas o poder público tem que autorizar, finalizou o diretor da Santa Casa.

Já o diretor da Beneficência Portuguesa, Renato Faria disse que a Prefeitura não tem sido clara com os hospitais.

“Hoje o município nos deve quatro meses. Está difícil convencer os médicos a continuar a trabalhar. A gente deve a fornecedor, deve a médico, deve a funcionários. A prefeitura não é clara. O que está parecendo que final de gestão vai ser um terror um desmonte de quatro instituições que prestam serviços a população”, disse Renato lembrando que 70 % do atendimento a população é feito pela rede contratualizada. A prefeitura está demolindo essas estruturas”, lamentou.

Em nota a Prefeitura de Campos informou:

A previsão é que o valor do repasse federal aos hospitais contratualizados possa ser feito ainda esta semana e entre na conta dos contratualizados nos dias subsequentes, de acordo com trâmites bancários.

Com relação aos recursos municipais, a Prefeitura de Campos complementa a tabela SUS, como poucos municípios no Brasil mas, devido à queda de arrecadação, o cronograma de pagamentos teve que ser adequado à nova realidade financeira. Através da Secretaria Municipal de Saúde, foram repassados em 2019 um total de R$ 130.729.680,71 em recursos federais e R$ 47,8 milhões em recursos municipais.

Fonte: Ururau

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