O prefeito
de Porciúncula, Leo Coutinho, assinou, na noite deste domingo (26/01), o
decreto 2.000/2020 que declara situação de emergência na cidade por conta das
chuvas que afetam o município desde o dia 21 de janeiro e das cheias
registradas a partir da tarde de sexta-feira (24/01).
As inundações
atingem, segundo a Prefeitura, 85% do território, deixando submersos bairros
como o Centro, Operário, Ilha, João Braz, Nova Caeté, Nossa Senhora da Penha,
Barra e Olívia Peres. Nessas regiões foram atingidas cerca de 4.500 pessoas.
Um homem
morreu na enchente no Centro de Porciúncula, a única morte confirmada entre as
oito cidades do Norte e Noroeste do Rio que passam pelas cheias. Em Itaperuna,
um jovem que pulou no rio Muriaé com outros três amigos ainda é procurado.
“O decreto
2.000/2020 relata a ocorrência do desastre, sendo favorável à declaração de
emergência em nível 02, conforme previsto na Instrução Normativa 02/2016 do
Ministério da Integração Nacional”, explica a Prefeitura.
O município
explica que o rio Carangola chegou ao ápice na madrugada de sábado, alcançando
o nível de 8,22 metros, sendo a cota de transbordo de 5,20m. Essa é considerada
a maior enchente da história da cidade. Desde a manhã deste domingo a água
baixa lentamente. Até a última medição, às 19h30, o nível do rio estava em
6,38m.
Witzel
visita região
Na tarde
deste domingo (26/01), o município recebeu a visita do governador Wilson
Witzel, que anunciou a destinação de R$ 23 milhões para a Região.
“São R$ 10
milhões para a Defesa Civil e R$ 10 milhões para a Secretaria de Desenvolvimento
Social. Estamos aqui pra evitar que esse caos volte a acontecer novamente no
ano que vem e trabalhar para que nós possamos atender, neste momento, as
pessoas que estão precisando mais”, afirmou Witzel.
Os outros R$
3 milhões, ainda segundo o governador, vão ser aplicados na área da Saúde para
o tratamento de possíveis doenças que possam surgir em função do contato da
população com a água da chuva.
Sem água e
na espera de doações
O
abastecimento de água foi cortado pela Cedae, situação que se mantém nesse
domingo, segundo a Prefeitura.
O trabalho
para atender a todos os moradores afetados envolve equipes da Prefeitura, da
Defesa Civil municipal de estadual, Corpo de Bombeiros, voluntários, igrejas e
clubes de serviço.
A Secretaria
de Promoção Social montou três abrigos: nas escolas José de Lannes (Ciep),
Orlinda Veiga e no Centro de Comercialização do Parque de Exposições.
“Os
abrigados pela prefeitura estão recebendo alimentação e todo o suporte. Na
noite de sábado (25), foram distribuídos colchões, cobertores, travesseiros e
lençóis”, explica a assessoria da Prefeitura.
No Centro
Cultural Dr. Edésio Barbosa da Silva foi montado um ponto de entrega e
organização de doações. A Prefeitura explica que a população está precisando de
água para consumo e para uso doméstico, além de roupas e alimentos.
Apesar da
água já ter começado a baixar neste domingo ainda há muitas regiões alagadas.
Só no bairro Operário, segundo a Prefeitura, foram 340 casas atingidas com água
até o teto.
Com Informações do G1/NF
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