Com a palavras de ordem contra o prefeito Adriano Moreno e
vereadores de Cabo Frio, servidores da Educação fizeram mais um protesto nesta
quinta-feira (16). No fim da tarde, passaram pela Praça Porto Rocha e chegaram
à Ponte Feliciano Sodré, que chegou a ser bloqueada.
A reunião de Adriano com representantes do Sindicato da
Educação, pela manhã, não acalmou os ânimos. Durante o encontro ficou acertado
que os salários dos servidores estatutários – pagos com verba proveniente do
Fundeb – seriam depositados na quinta e creditados na sexta (17). Quanto às
demais categorias, foi selado compromisso de pagamento até o próximo dia 22.
– A categoria continua não acreditando, até que o pagamento
caia. Estamos o tempo inteiro recebendo promessas. É uma falta de respeito
muito grande – disse Cintia Machado,
coordenadora do Sepe.
Sem o salário de dezembro e o décimo terceiro, os servidores
usaram a irreverência para alfinetar o governo. Batucavam e cantavam versos
como ‘“não tem arrego, você tira o meu salário e eu tiro o seu sossego” e “a
Câmara não tem opinião e quando opina é para ferrar o cidadão”. O legislativo
também virou alvo de uma faixa que vinha à frente dos manifestantes: ‘Câmara do
Silêncio, Governo Caloteiro’.
Quando o protesto chegou à ponte, a professora Denize
Alvarenga justificou o ato, ao microfone, para aqueles que passavam no local
naquele momento.
– A gente está aqui porque está sem salário. Para evitar
transtorno, é só pagar o trabalhador. Estamos na rua porque não temos o que
comer, porque estamos doentes. Temos aqui trabalhadores que não têm como pagar
a água e a luz. São pessoas que trabalham dignamente. Vivemos em uma cidade
milionária, mas miserável – afirmou.
Policiais militares escoltaram o ato. O bloqueio na ponte,
por volta das 19h, deixou o trânsito congestionado nas imediações.
Quando era vereador.................
Vídeo que circula nos últimos dias nas redes sociais mostra o
prefeito Adriano Moreno discursando, ainda como vereador, contra os atrasos
salariais e a falta de previsão de pagamentos.
Ele chega a falar que deveria haver uma “contribuição” diante do fato de
que os trabalhadores lesados têm de pagar juros e multas quando atrasam suas contas.
– Queria dizer a vocês, em relação ao atraso de salário.
Quando nossas contas chegam e não pagamos, temos que pagar multa. Quando nosso
pagamento atrasa, deveríamos ter uma contribuição, sim, em benefício disso.
Temos que ter um calendário oficial com data prevista para recebimento para que
a gente possa se programar e pagar nossas contas – afirmou, na tribuna da
Câmara.
FONTE:FOLHA DOS LAGOS
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