Workshop foi oferecido durante VII Mostra do Conhecimento.
Participantes aprovaram as receitas
Estudantes apresentaram projeto durante a VII Mostra do
Conhecimento
Da esquerda para a direita: receita original; com 10%; com
15% e com 20% de farinha de maracujá na formulação
Farinha da casca de maracujá foi usada na formulação de pão e
outras receitas também serão testadas
Ela é rica em nutrientes, como fibras, vitamina B3, ferro,
cálcio e fósforo. O destino costumava ser o lixo, mas um projeto desenvolvido
por três alunos do curso superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos do
Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana-RJ visa popularizar
outro fim possível para a casca do maracujá, cuja farinha já é comercializada e
tem espaço cativo entre os consumidores de alimentos funcionais. Ajudados pela
comunidade, eles reuniram os resíduos para transformá-los em farinha, que foi
utilizada para produzir diversas formulações do pão tradicional.
Higienização, corte em tiras finas, secagem e trituração
levaram ao produto final, que foi armazenado em geladeira. Diversas formulações
foram testadas, até chegarem às três melhores, com 10%, 15% e 20% de farinha de
maracujá substituindo parte da farinha de trigo da receita original. O trabalho
foi apresentado na VII Mostra do Conhecimento do IFF Bom Jesus, onde também
virou workshop. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os
benefícios da utilização da farinha na alimentação humana, além de prepararem e
experimentarem os pães. Quem experimentou, aprovou. “Disseram que estava muito
bom, que podiam sentir o sabor do maracujá, apesar de apresentar um gosto
residual um pouquinho amargo”, conta a cientista de alimentos Ana Caroline
Barroso.
Além dos benefícios para os consumidores, que ganham mais uma
opção de produto livre de glúten para receitas, o projeto apresenta opção de
destino certo para as cascas, que seriam jogadas fora. O objetivo é, também,
possibilitar a produção da farinha com baixo custo, tornando o produto mais
barato e, portanto, mais acessível. A produção, contudo, demanda grande
quantidade de cascas: 11 quilos renderam 882 gramas de farinha.
O próximo passo do projeto é a análise para comparação do
teor de fibras na farinha e nos pães. As atividades são desenvolvidas pelos
cientistas de alimentos Ana Caroline Barroso e Diego Pádua e pela graduanda em
Ciência e Tecnologia de Alimentos Lucilene Benevenuti, orientados pelo
professor Alcides Ricardo Gomes de Oliveira. Os processos são auxiliados pelos
técnicos de laboratório Wilson Amorim da Silva e Luis Paulo Estephanelli, no
laboratório de panificação do Campus Bom Jesus.
por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana-RJ
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