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15/02/2020

VOTAÇÃO SOBRE CASSAÇÃO DA PREFEITA DE CARAPEBUS-RJ É ADIADA APÓS TUMULTO



Teve tumulto, polícia, suplente convocado, mas não teve decisão. O presidente da Câmara de Carapebus, Anselmo Prata, adiou para este sábado (15), a partir das 8h, a votação final do processo de cassação da prefeita Christiane Cordeiro (PP). A sessão extraordinária chegou a ser iniciada na noite desta sexta-feira (14), mas foi interrompida diversas vezes com as manifestações do público que lotou o plenário. Houve reforço no policiamento, mas depois de conversar com representantes da PM, o presidente decidiu interromper os trabalhos por motivo de segurança.

Com nove vereadores, a Câmara precisaria de 2/3 (seis votos) para aprovar o procedimento. Pelas contas nos bastidores, a oposição teria cinco parlamentares. Antes do início da sessão extraordinária, o presidente leu uma denúncia recebida pela Câmara de que o vereador Marquinho Pacato (MDB) teria vendido seu voto a favor de Christiane com nomeações de familiares na Prefeitura. A partir disso, Anselmo Prata abriu um procedimento de impedimento de Pacato para a votação do impeachment. A ação foi analisada pelo plenário, que decidiu, por cinco votos a quatro, não permitir a participação do emedebista.

Com isso, Prata relatou que convocou o primeiro suplente Juninho (Podemos), que teria declinado, abrindo espaço para o segundo suplente Claudinho da Rodagem (Cidadania). Ele já estava no plenário e teria assinado o termo de posse antes da decisão.

Os ânimos que já estavam exaltados ficaram ainda mais acirrados. O público protestou com gritos e houve até uma invasão generalizada no plenário. A sessão chegou a ser suspensa por cerca de 30 minutos. No retorno, o presidente tentou insistir no seguimento dos trabalhos e pediu aos policiais que retirasse o público. Porém, por questões de segurança a recomendação foi pelo adiamento.

O advogado João Paulo Granja, que representa Christiane Cordeiro e o vereador Marquinho Pacato, chamou a decisão de absurda. “Eu nunca vi o que aconteceu aqui na minha vida inteira. O presidente afastou o vereador sem ter 2/3 dos votos e convocou o segundo suplente, que já estava na Câmara antes da decisão. Perguntei a ele se havia sido diplomado pela Justiça Eleitoral e ele disse que não. Por isso eu vou para a delegacia registrar um boletim de ocorrência contra ele por falsidade ideológica e abuso de autoridade”.

Aldir Sales/Folha da Manhã


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