O Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) realizará, na noite
desta quarta-feira (11), uma coletiva sobre a greve da categoria, iniciada no
dia 18 de fevereiro. Os profissionais afirmam que a paralisação acontece devido
ao descumprimento, por parte da Prefeitura, de um acordo firmado que resultou
no fim da greve do ano passado e, também, à falta de condições de trabalho, de
pagamento e de retirada de férias. Nesta segunda-feira (9), haverá uma reunião
dos membros da comissão de greve para traçar os próximos passos. Também na
quarta, está prevista uma agenda na Câmara de Vereadores.
O presidente do Simec, José Roberto Crespo, explicou que, por
ora, não houve nenhuma negociação com o poder público para o encerramento da
greve, que apenas não atingiu os serviços emergenciais do município.
— Estamos aguardando um contato com a cúpula do município.
(Em relação à adesão), praticamente, os postos, UBSs e as consultas agendadas
estão paralisados. Só a emergência está funcionando. A gente não parou a
emergência nem fez contingenciamento. A gente deixou que funcionasse. Então, os
postos 24 horas estão funcionando normalmente. Se houve alguma dificuldade
estrutural ou falta de médico, isso é coisa gerencial do município. Não é por
conta da greve. A gente, em nenhum momento, quis prejudicar a população em
termos de buscar atendimento necessário em momentos de dificuldade emergencial.
Agora, as consultas previamente agendadas estão suspensas — afirmou.
Em nota, a Prefeitura de Campos informou, com base na
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que, gradativamente, redimensiona a
lotação dos médicos, de acordo com a demanda da cada Unidade Básica de Saúde
(UBS). A SMS segue avançando em outras providências necessárias para garantir
assistência à população durante a greve e para que não haja prejuízo aos
serviços das UBS do município.
Desde que começou a greve, a Prefeitura afirma que o acordo
com a classe ainda não pode ser integralmente cumprido devido às constantes
quedas de arrecadação das receitas do petróleo e que, só em 2019, as perdas
superaram R$ 200 milhões, se comparadas a 2018. Também ressaltou que, ano
passado, adquiriu mais de 8 mil itens, incluindo equipamentos médicos e
mobiliário para diversas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades
Pré-Hospitalares (UPHs), hospitais e programas. O investimento é superior a R$
9 milhões, vindo de emendas parlamentares.
A Fundação Municipal de Saúde frisou que segue realizando
intervenções na estrutura do Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral de
Guarus, para garantir melhores condições de trabalho aos profissionais e
atendimento cada vez mais adequado aos pacientes.
FONTE:FOLHA 1
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