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10/03/2020

MÉDICOS ORGANIZAM COLETIVA PARA FALAR SOBRE GREVE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ

    Genilson Pessanha

O Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) realizará, na noite desta quarta-feira (11), uma coletiva sobre a greve da categoria, iniciada no dia 18 de fevereiro. Os profissionais afirmam que a paralisação acontece devido ao descumprimento, por parte da Prefeitura, de um acordo firmado que resultou no fim da greve do ano passado e, também, à falta de condições de trabalho, de pagamento e de retirada de férias. Nesta segunda-feira (9), haverá uma reunião dos membros da comissão de greve para traçar os próximos passos. Também na quarta, está prevista uma agenda na Câmara de Vereadores.

O presidente do Simec, José Roberto Crespo, explicou que, por ora, não houve nenhuma negociação com o poder público para o encerramento da greve, que apenas não atingiu os serviços emergenciais do município.

— Estamos aguardando um contato com a cúpula do município. (Em relação à adesão), praticamente, os postos, UBSs e as consultas agendadas estão paralisados. Só a emergência está funcionando. A gente não parou a emergência nem fez contingenciamento. A gente deixou que funcionasse. Então, os postos 24 horas estão funcionando normalmente. Se houve alguma dificuldade estrutural ou falta de médico, isso é coisa gerencial do município. Não é por conta da greve. A gente, em nenhum momento, quis prejudicar a população em termos de buscar atendimento necessário em momentos de dificuldade emergencial. Agora, as consultas previamente agendadas estão suspensas — afirmou.

Em nota, a Prefeitura de Campos informou, com base na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que, gradativamente, redimensiona a lotação dos médicos, de acordo com a demanda da cada Unidade Básica de Saúde (UBS). A SMS segue avançando em outras providências necessárias para garantir assistência à população durante a greve e para que não haja prejuízo aos serviços das UBS do município.

Desde que começou a greve, a Prefeitura afirma que o acordo com a classe ainda não pode ser integralmente cumprido devido às constantes quedas de arrecadação das receitas do petróleo e que, só em 2019, as perdas superaram R$ 200 milhões, se comparadas a 2018. Também ressaltou que, ano passado, adquiriu mais de 8 mil itens, incluindo equipamentos médicos e mobiliário para diversas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades Pré-Hospitalares (UPHs), hospitais e programas. O investimento é superior a R$ 9 milhões, vindo de emendas parlamentares.

A Fundação Municipal de Saúde frisou que segue realizando intervenções na estrutura do Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral de Guarus, para garantir melhores condições de trabalho aos profissionais e atendimento cada vez mais adequado aos pacientes.


FONTE:FOLHA 1

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