Durante uma transmissão feita pelas redes sociais direto da
rampa do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro disse que falta
orçamento para repor as perdas de arrecadação de estados e municípios, causadas
pela crise do novo coronavírus.
“Não sabemos quanto vai chegar a conta do ICMS e ISS. Estamos
calculando muito a cima de R$ 100 bilhões. Não tem espaço para isso no
Orçamento. Não é que se vire o chefe do Executivo. Se aqui nós quebrarmos,
quebra o Brasil. Os estados estão muito mal das pernas”, afirmou.
O presidente defendeu medidas de saúde para evitar o contágio
em massa da população, como uso de máscaras, luvas, álcool em gel e campanhas
educativas, e afirmou que as consequências econômicas da pandemia podem ser
graves.
Bolsonaro voltou a falar sobre a decisão de governadores e de
prefeitos que determinaram o fechamento total do comércio nos estados e
municípios do país devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo o presidente,
as autoridades estão fazendo o que “bem entendem” e sem levar em conta a
possibilidade de muitos trabalhadores ficarem desempregados e de queda na
arrecadação de impostos.
O presidente também pediu “humildade” das autoridades para
reconhecerem que o fechamento total não é o caminho adequado. Segundo
Bolsonaro, no que depender dele, o isolamento da população será flexibilizado.
“Essas pessoas que estão sendo demitidas não pagam conta de
luz, compram o essencial na praça. Estamos em uma situação complicada. Será que
o pessoal não enxerga isso? Vai continuar me atacando, ofendendo, me chamando
de tudo, até me acusando de genocídio. Não dá para entender que o que vai matar
as pessoas para valer vai ser as consequências do desemprego? Acordem para
isso."
Após a transmissão, Bolsonaro desceu a rampa do Palácio do
Planalto e conversou com um grupo de apoiadores que estava na Praça dos Três
Poderes. As pessoas e o presidente estavam separados por uma grade de segurança
que fica de forma permanente em frente do palácio.
FOLHA 1
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