A OMS destacou ainda que está comprometida em trabalhar para
que os países forneçam o treinamento necessário, o reconhecimento que eles
merecem e melhores condições de trabalho e salários.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado
nesta terça-feira, 7, mostra que faltam 5,9 milhões de enfermeiros no mundo. As
regiões mais afetadas são a África e o Sudeste Asiático. Diante desse cenário,
a instituição destacou a necessidade urgente de elevar o número de
profissionais da saúde em todos os continentes, melhorar suas condições de
trabalho e valorizá-los. Os dados constam do relatório "Situação da
Enfermagem no Mundo - 2020", produzido pela OMS.
O documento foi anunciado pelo diretor-geral da OMS, Tedros
Adhanom Ghebreyesus, em uma "live" publicada nesta terça nas redes
sociais da entidade. Para comemorar o Dia Mundial da Saúde e também o
aniversário de fundação da OMS, foram convidados enfermeiros e obstetrizes de
diferentes regiões do planeta para darem seus depoimentos.
"Os profissionais de enfermagem são a coluna vertebral
de qualquer sistema de saúde. Este relatório é uma clara lembrança do papel
insubstituível que desempenham e é uma chamada de atenção para assegurar que
esses profissionais recebam o apoio que necessitam para garantir a saúde do
mundo".
Segundo a OMS, mais de três mil enfermeiros já foram
infectados com o novo coronavírus. "Como os trabalhadores da saúde estão
na linha de frente da luta contra a covid-19, eles também estão entre os que
estão mais em risco".
De acordo com a OMS, os enfermeiros representam mais da
metade dos profissionais de saúde em atuação. Há 28 milhões desses
profissionais, que ficam na linha de frente na luta contra pandemias e
epidemias que ameaçam a saúde global. A OMS reforça que é preciso aprimorar a
formação desses profissionais e também capacitá-los para cargos de lideranças.
"Estamos pedindo aos países com escassez de enfermeiros
que aumentem em 8% o número de enfermeiros formados a cada ano e que
implementem medidas para melhorar o emprego e a retenção de enfermeiros no
sistema de saúde", afirmou Tedros.
O relatório revela ainda que 8 em cada 10 enfermeiros estão
em nações que representam metade da população mundial. Portanto, os outros 50%
da humanidade têm apenas 20% de profissionais de enfermagem. A OMS destacou
ainda que está comprometida em trabalhar para que os países forneçam o
treinamento necessário, o reconhecimento que eles merecem e melhores condições
de trabalho e salários.
"A mensagem é inequívoca: os governos têm de investir em
uma aceleração da formação pessoal dos enfermeiros, na criação de empregos no
setor e em lideranças. Sem os enfermeiros, obstetrizes e outros profissionais
da saúde, os países não podem ganhar a batalha contra as epidemias e nem
alcançar a cobertura universal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da
Organização das Nações Unidas".
FONTE:NOTICIAS AO MINUTOS
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