O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já se posicionou
sobre a possibilidade de adiar as eleições: “Está na hora de o Congresso falar:
‘adia’, faz um mandato tampão desses vereadores e prefeitos. Eleição no meio do
ano... uma tragédia, por que vai todo mundo querer fazer ação política”, disse
em videoconferência no último dia 22.
O assunto já chegou a ser discutido, inclusive, no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). O deputado federal Glaustin Fokus (PSC-GO) questionou
se não deveria ser adiado o prazo para filiação partidária, que termina nesta
sexta, uma vez que o país vive em um momento de restrições sociais. No plenário
da Corte, a atual presidente, ministra Rosa Weber, explicou que a alteração não
era possível e que o calendário é definido pela Lei das Eleições (9.504/1997).
O próximo presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso,
informou, em nota, que “é papel do Congresso Nacional deliberar acerca da
necessidade de adiamento, inclusive decidindo sobre o momento adequado de fazer
essa definição. Se o Poder Legislativo vier a alterar a data das eleições,
trabalharemos com essa nova realidade”.
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não se posiciona
a favor. Diz, apenas que não é o momento para discussão. “O problema da eleição
tem que ser tratado em agosto, não agora. Se a curva do ministro [em relação à
epidemia] estiver certa, quando a gente chegar em agosto nós vamos ter
condições de organizar esse assunto”.
No Senado, o líder do PSL, senador Major Olimpio (SP),
defende a unificação dos pleitos federais, estaduais e municipais, evitando-se
os gastos com as campanhas eleitorais deste ano. A economia esperada, segundo o
senador, seria de até R$ 1,5 bilhão, além dos recursos do fundo eleitoral, que
não seriam utilizados.
FOLHA 1
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