Cerca de cinco mil profissionais de saúde serão contratados
temporariamente pela empresa municipal RioSaúde, do Rio de Janeiro, para
combater a pandemia de coronavírus em unidades de saúde localizadas na cidade.
Segundo a prefeitura da cidade, os profissionais poderão atuar também nas redes
estadual, federal e universitária. Os contratos terão validade enquanto durar a
crise sanitária e poderão servir para repor vagas de profissionais que
precisaram se afastar por terem os sintomas da doença ou por fazerem parte de
grupos de risco. Os detalhes do processo seletivo podem ser conferidos no site
http://prefeitura.rio/rio-saude/processo-seletivo/.
Os primeiros profissionais contratados serão encaminhados
para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, unidade de referência para
internações por covid-19 na rede municipal. Além de funcionar como um centro de
capacitação profissional no combate à epidemia, a unidade tem capacidade para
381 leitos, dos quais 182 são de UTI adulto e 19 de UTI pediátrica.
Os profissionais de saúde contratados poderão ser
encaminhados também para o Hospital Federal de Bonsucesso, para o Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho e para o Hospital de Campanha, que está em
construção no Pavilhão 3 do Riocentro e já está com 90% da obra concluída.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivella, visitou o
hospital de campanha ontem (10), acompanhado de secretários e do senador Flávio
Bolsonaro. A unidade terá 500 leitos para pacientes com o novo coronavírus,
sendo 400 de clínica médica e 100 de UTI, além de um pequeno centro cirúrgico.
Recursos – Crivella
anunciou que R$ 87 milhões serão adiantados pelo governo federal para o
enfrentamento da epidemia na cidade. Segundo o prefeito, os recursos serão
usados para equipar leitos destinados ao tratamento da doença. O governo
federal deve enviar também 470 mil cestas básicas para o município do Rio, por
meio da Defesa Civil nacional.
Entre as preocupações manifestadas pela prefeito está a baixa
utilização dos quartos reservados em hotéis para idosos com dificuldade de
cumprir o isolamento social.
Segundo a prefeitura, apenas 40 das 1 mil vagas oferecidas
foram preenchidas, e as autoridades agora estudam uma forma de estimular idosos
a buscarem esses quartos, especialmente na Rocinha e em Copacabana.
Enquanto a comunidade da Rocinha preocupa pelo elevado índice
de pessoas com tuberculose, o bairro litorâneo é o que tem o maior percentual
de idosos da cidade, população que corre maior risco de desenvolver quadros
graves da doença. O município não descarta pedir à Justiça o isolamento
compulsório de idosos dessas duas localidades.
(Com a Agência Brasil)
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