Por 55 votos contrários, 13 abstenções e um voto favorável, a
maioria dos parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
(Alerj) rejeitou o projeto de lei que autorizava o governo do Estado a decretar
medidas mais rígidas, conhecida como ‘lockdown’, em todo o estado, como meio de
parar a proliferação da Covid-19.
A votação aconteceu de forma virtual devido à pandemia do
novo coronavírus. A proposta, de autoria do deputado Renan Ferreirinha (PSB),
foi arquivada, e o único voto favorável foi do autor da proposta. Na avaliação
de Dr. Serginho (Republicanos), o isolamento total agrava ainda mais a crise
socioeconômica, diante do fechamento prolongado de comércios e indústrias.
“Queremos a reabertura imediata dos comércios com responsabilidade, critérios
para resguardar a saúde das pessoas. O confinamento obrigatório é absurdo”,
afirmou. Em tom exaltado, Alana Passos (PSL) se posicionou contrária ao
fechamento total e afirmou que a corrupção no governo tem matado mais do que o
coronavírus. “Infelizmente, temos grandes números de mortos nas estatísticas
por irresponsabilidade do governador e da má gestão dos recursos públicos. Eu
sei o que é ver um filho pedir e você não ter para dar. É preciso dar condições
para as pessoas trabalharem”, pediu a deputada.
Segundo a proposta, o estado poderia adotar a suspensão
expressa de todas as atividades não essenciais à manutenção da vida e da saúde,
limitar as reuniões de pessoas em espaços públicos ou privados abertos ao
público, além de regulamentar os serviços públicos e atividades essenciais.
Ainda de acordo com o projeto, o estado poderia proibir a circulação de
veículos particulares, exceto para a compra de alimentos ou medicamentos, para
transporte de pessoas para atendimento à saúde, para desempenho de atividades
de segurança ou para realizar itinerários de serviços essenciais. (Redação com
Agência Brasil)
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