A região Norte Fluminense tem expectativa de geração de
milhares de empregos nos próximos anos, com o projeto que trata do novo marco
legal do gás natural que vai modernizar o setor, tornando mais competitivo com
aumento de empregos e redução de preços. A proposta teve urgência aprovada no
final de julho e aguarda inclusão na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados,
onde vai receber um texto final. O gás natural produzido na Bacia de Campos
será processado nas usinas termelétricas da GNA (Gás Natural do Açu), no Porto
do Açu, em São João da Barra. As obras do complexo de gás natural que está
sendo construído no Açu vão gerar cerca de 3 mil empregos
O projeto da GNA representa investimentos da ordem de R$ 8,5
bilhões nas usinas, com mais de 3 GW de capacidade no total, e no terminal de
GNL. O complexo de gás e energia está sendo construído no Porto do Açu, no Rio
de Janeiro (RJ).
“A chegada da FSRU BW MAGNA é um dos grandes marcos do
projeto da GNA. Quando em operação, nosso parque termelétrico será capaz de
produzir energia equivalente a 17% da geração térmica a gás natural do Brasil,
contribuindo para a segurança do Sistema Integrado Nacional”, afirmou Bernardo
Perseke, Diretor- Presidente da GNA, em nota.
As usinas termoelétricas foram negociadas em leilões de
energia nova promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A
primeira, UTE GNA I, tem previsão de início de operação comercial em 2021. As
duas usinas serão conectadas ao terminal flutuante de GNL.
Aporte de investimentos do exterior chegam ao Açu.
Recentemente, a GNA fechou um acordo com a State Power Investment Corporation
da China (SPIC) fechou um acordo para a aquisição der 33% de participação nas
usinas termoelétricas GNA I e GNA II, com 3 GW de capacidade e integradas ao
terminal de GNL do Porto do Açu (RJ).
— Acordo fechado por meio da subsidiária SPIC Brasil prevê
entrada nas próximas usinas do complexo de gás e energia (GNA III e GNA IV),
que têm outros 3,4 GW de capacidade. O projeto prevê a utilização de GNL e gás
nacional no hub de gás do Açu. O fechamento da operação é previsto para o
último trimestre de 2020. Acordo firmado com a Prumo, controlada pela EIG
Global Energy Partners, BP e Siemens, sócias na GNA.
O relator do novo marco legal do gás natural (PL 6407/13),
deputado Laercio Oliveira (PP-SE), ressalta que o projeto vai promover o
desenvolvimento do setor. "É um avanço extraordinário, porque vai trazer
investimentos ao nosso país da ordem de R$ 60 bilhões; vai gerar mais de 4
milhões de empregos nos próximos cinco anos; e vai modernizar e melhorar a
indústria, porque a maioria das indústrias brasileiras consome o gás na
composição dos seus insumos", declarou.
"Temos o gás mais caro do mundo. Modernizando o setor no
nosso país, teremos um gás competitivo. Sabe qual a consequência disso?
Produtos mais baratos”, destacou.
Oliveira divulgou seu parecer preliminar para consulta dos
parlamentares. Ele recomenda a aprovação do texto elaborado pelo deputado Silas
Câmara (Republicanos-AM), que foi aprovado na Comissão de Minas e Energia em
outubro do ano passado.
COMPETIÇÃO - A proposta incentiva a participação de empresas
privadas no mercado de gás e, portanto, reduz o poder da Petrobras, que
atualmente domina o mercado com companhias distribuidoras estaduais.
A principal mudança é na exploração dos dutos de distribuição
de gás no Brasil, que passaria a ser contratada por empresas com sede no País
não mais por concessão, mas no modelo de autorização da Agência Nacional do
Petróleo (ANP). Atualmente, as empresas precisam vencer um leilão da agência.
O texto também prevê que as empresas de transporte de gás
atuem com independência, sem participar de outras atividades do setor, como exploração,
importação ou comercialização de gás natural; e que os gasodutos possam ser
usados por todos os carregadores, mediante contrato, sem discriminação.
Os carregadores são os agentes que contratam o serviço de
transporte de gás natural.
PETRÓLEO - Independente do gás, o petróleo também é outra
energia produzida na região que movimenta os negócios no porto sanjoanense, o
maior da América Latina. A Açu Petróleo
assinou aditivo ao contrato com a Petrobras que prevê dobrar o volume de óleo
movimentado no terminal privado do Porto do Açu pela petroleira: em vez dos 48
milhões de barris previstos inicialmente, a estatal brasileira poderá escoar
até 100 milhões de barris, mantendo o prazo do acordo inicial com validade até
março de 2021.
Ao todo, 25% do petróleo exportado pelo Brasil é movimentado
pelo Terminal do Porto do Açu, que já opera para as principais empresas do
setor que atuam no país, como Shell, Petrogal, Total, Equinor e Repsol, além da
Petrobras. (Leia mais abaixo)
Desde sua inauguração, em 2016, a Açu Petróleo realizou mais
de 170 operações de transbordo, o que representa cerca de 170 milhões de barris
movimentados. O número de operações quase dobra ano a ano. Em 2019, a empresa
atingiu o marco de maior movimentação já realizada em 12 meses, desde o início
de suas operações: 72 milhões de barris escoados.
LOGÍSTICA - No Açu se encontra grande parte da logística da
Petrobras para manter as operações de produção da Bacia de Campos. Em uma
dimensão offshore que atinge os extremos das Bacias do Espírito Santo e de
Santos, os dois terminais dividem as tarefas de abastecer as mais de 50
unidades em operação na principal área de produção de petróleo do país, além de
garantir todo o suporte técnico e de segurança para as atividades que dão a
sustentabilidade das cidades do Norte Fluminense.
Em quatro berços do Porto do Açu, a Petrobras opera as cargas
gerais, que incluem material, equipamentos e rancho (alimentos) que abastecem
as unidades em operação nos campos de produção da estatal.
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