Em nenhum momento de seu pronunciamento o presidente citou nominalmente o governador afastado do Rio, Wilson Witzel.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 24, o
que buscará, junto com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e o governador
em exercício, Cláudio Castro (PSC), uma maneira de tirar o Estado do que ele
classificou como "situação difícil em que se encontra". Ele
discursava em solenidade de inauguração de novas estruturas na superintendência
da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na capital fluminense.
"Nós somos, com todo o respeito aos demais, um Estado
maravilhoso. E, se Deus quiser, brevemente, essa política será deixada para
trás e uma nova política, aos poucos surgindo, de modo que possamos todos nos
orgulhar deste Estado maravilhoso chamado Rio de Janeiro", disse.
Em nenhum momento de seu pronunciamento o presidente citou
nominalmente o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), que se tornou
seu desafeto após ser eleito na onda bolsonarista em 2018. Na quarta-feira, 23,
a Alerj aprovou por 69 votos a zero o prosseguimento do processo de impeachment
contra Witzel, que agora será julgado por um colegiado misto composto por cinco
desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RJ) e cinco deputados
estaduais.
Já Cláudio Castro, eleito como vice-governador e que assumiu
o Executivo estadual com o afastamento temporário do titular por decisão do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), ouviu Bolsonaro chamá-lo duas vezes de
"nosso governador", uma delas em uma saudação "especial" no
início da fala do presidente.
Apesar de viver situação política diferente da de Witzel,
Castro é investigado pelo Ministério Público fluminense (MP-RJ) por suposto
recebimento de propina da empresa Servlog Rio, que, segundo a promotoria, fazia
pagamentos ilegais por contratos com a Fundação Leão XIII, do governo do
Estado. O caso foi revelado pela GloboNews.
Marcando essa diferença política com o seu antecessor, o
governador em exercício saudou, nome a nome, uma lista de cinco parlamentares
federais e cinco estaduais, começando pela bancada fluminense do PSL na Câmara,
com os deputados Daniel Silveira, Hélio Lopes e Major Fabiana. Lembrou também a
presença dos deputados federais Hugo Leal (PSD-RJ), Otoni de Paula (PSC-RJ) e
Rosângela Gomes (Republicanos-RJ).
Logo em seguida, passou à Alerj, agradecendo, nas suas
palavras, a "todos os nossos queridos deputados estaduais": Alana
Passos, Anderson Moraes, Filippe Poubel e Márcio Gualberto, do PSL, e Coronel
Salema, do PSD.
FONTE: ESTADAO
CONTEUDO
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