Eleito com a bandeira anticorrupção, Wilson Witzel acabou
envolvido em escândalos, frustrando expectativas e empurrando toda a Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj) contra ele. Para cientistas políticos, esse enredo
ajuda a explicar o resultado esmagador na votação do impeachment do governador
afastado, ontem, no plenário do Palácio Tiradentes.
Especialistas dizem que as chances de o ex-juiz federal
voltar para o Palácio Guanabara são mínimas. Ele também deve enfrentar
dificuldades para se manter na política, embora nomes envolvidos no passado
também em denúncias de corrupção tenham conseguido retornar, mesmo que em
cargos não majoritários. Um exemplo é o ex-presidente Fernando Collor de Mello,
hoje senador.
Witzel ainda expõe que há limites para a chamada “nova
política”: ele se via como representante dessa renovação, mas acabou sendo
acusado de envolvimento em esquemas muito semelhantes aos praticados nos
governos do PMDB de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.
Cientistas políticos lembram que Cláudio Castro, vice de
Witzel e governador em exercício, para sobreviver, deverá privilegiar o diálogo
e criar mecanismos para evitar mais desvios de dinheiro público. Mas
especialistas também ressaltam que Castro é investigado pelos mesmos crimes, o
que só aumenta as incertezas sobre o futuro do poder no estado.
FONTE:EXTRA
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