Os requerimentos já tinham sido feitos pelo MP quando houve
oferecimento da denúncia contra Flordelis, mas acabaram negados pela juíza
Nearis dos Santos Carvalho Arce. A magistrada determinou que outras medidas cautelares,
como proibição de mudar o endereço e de ter contato com testemunhas e réus do
processo, eram suficientes. Flordelis não pode ser presa em razão de sua
imunidade parlamentar.
O MP, no entanto, voltou a fazer as solicitações
arguementando ter fatos novos. Um deles é o temor de uma das principais
testemunhas do processo, Regiane Rabello. Na madrugada do último dia 4, uma
bomba caseira foi jogada no quintal da casa da empresária. Ao EXTRA e em
depoimento à Polícia Civil e MP, Regiane declarou que o episódio ocorrido tem o
intuito de lhe calar, já que ela denunciou Flordelis e outros envolvidos na
morte do pastor.
Ao MP, Regiane afirmou que se sente insegura com a liberdade
de Flordelis e também com a possibilidade de liberdade de um dos filhos
biológicos da deputada, Adriano dos Santos. A defesa do rapaz entrou com pedido
de revogação de sua prisão, que acabou indeferido pela Justiça. Regiane afirma
que Adriano é agressivo e já lhe intimidou em uma ocasião. A empresária ainda
afirmou que o rapaz “usa do dinheiro e poder de Flordelis decorrentes do
mandato parlamentar”.
Para fundamentar seu pedido, o promotor argumentou ainda a
dificuldade de localização do paradeiro de Flordelis para ser citada no
processo criminal respondido por ela na 3ª Vara Criminal de Niterói. O membro
do MP cita também que a própria corregedoria da Câmara dos Deputados teve
dificuldades em localizá-la para também intimá-la do processo contra ela na
casa.
"A liberdade plena da ré Flordelis, somada ao exercício
de posição de poder estatal e à incerteza e impossibilidade de se rastrear seu
paradeiro – diretamente decorrentes do indeferimento das medidas cautelares
requeridas – causam severa intranquilidade não apenas na testemunha que
diretamente sofreu o atentado, como também em todas as demais testemunhas e nos
corréus, atrapalhando sobremodo o andamento do feito e a instrução criminal.
Por outro lado, a situação de embaraço à instrução e trâmite do feito é agravada
pela disponibilização do aparato estatal para a ré, em decorrência da destacada
posição de poder em que se encontra, diante do exercício do mandato eletivo de
Parlamentar Federal.", escreveu o promotor em seu pedido.
Procurada, a defesa de Flordelis ainda não se manifestou.
FONTE:EXTRA
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