Além de Jamille, seis familiares ganharam emprego na prefeitura de Magé desde o dia 1.º
Em apenas seis dias desde a posse, o novo prefeito de Magé,
município de pouco mais de 245 mil habitantes na Baixada Fluminense, nomeou
para a prefeitura local sete de seus familiares. Renato Cozzolino
(Progressistas) é de uma família que, há aproximadamente 40 anos, domina
politicamente o município. Irmã do chefe do Executivo e vice-prefeita, Jamille
Cozzolino foi uma das nomeadas. Ganhou a Secretaria de Educação e Cultura.
Além de Jamille, seis familiares ganharam emprego na
prefeitura de Magé desde o dia 1.º. As nomeações foram reveladas nesta
quarta-feira, 6, pela TV Globo. À emissora, Cozzolino disse que as nomeações de
parentes foram "mera coincidência".
Em nota, a prefeitura de Magé sustentou que o prefeito tomou
medidas de austeridade. O texto também defendeu as nomeações. Afirmou que não
são contra a lei e apresentou breves currículos dos nomeados. Segundo o
município, todos são qualificados para as funções que assumiram.
A lista de familiares tem Lara Adario Torres, noiva do
prefeito, que passou a chefiar a pasta de Assistência Social e Direitos
Humanos. Também está na relação Fernando José Assunção Cozzolino, primo dele.
Agora, é secretário de Trabalho e Renda. Vinícius Cozzolino Abrahão, também
primo, foi nomeado para a Secretaria de Governo. Mauro Raphael Cozzolino
Nascimento, é o novo secretário de Fazenda. Felipe Menezes de Souza, cunhado do
prefeito, chefia Esporte, Turismo, Lazer e Terceira Idade. Samyr Hard, tio,
assumiu a Infraestrutura.
Pelo menos três dos Cozzolinos que já comandaram Magé nos
últimos 40 anos chegaram a ser afastados do poder por decisões judiciais. O
atual prefeito teve a candidatura colocada em xeque no ano passado pelo
Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Em dezembro, contudo, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) lhe garantiu o direito de assumir.
Experiência
A prefeitura de Magé afirmou que Renato Cozzolino adotou
"medidas de austeridade" ao assumir o município, que devia o 13.º
salário. Segundo a nota oficial, as secretarias municipais "serão
reduzidas de 22 para 16". Também serão "ocupadas por secretários
escolhidos pela experiência, formação técnica e confiança."
O texto cita a experiência de alguns dos secretários em
outros cargos de nomeação política. Segundo a prefeitura, Lara Torres, por
exemplo, já foi secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado e
Assumpção tem mais de 30 anos de carreira como servidor público. Ainda de
acordo com o texto, Mauro Raphael foi diretor de Administração e Finanças da
Secretaria de Estado da Baixada; Hard atuou nas estruturas da Secretaria
Estadual de Turismo e de Trabalho e Renda." Os demais têm formação
acadêmica e atuação profissional que justificam sua nomeação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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