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21/08/2021

DO BRASIL AO AFEGANISTÃO, AS FORÇAS EM DISPUTA PELO DINHEIRO

 

Enquanto no Brasil a guerra é pela reforma tributária, na terra dos Talebãs os EUA fogem depois de gastar U$S 1 trilhão 


No mundo as cinco posições estratégicas que definem a vantagem relativa entre países são: a moeda conversível forte, que lastreia a finança internacional, o gasto/aparato militar de ponta, o controle das comunicações e do imaginário coletivo, o domínio das tecnologias modernas e, finalmente, o acesso privilegiado às matérias primas básicas.

 

Vejamos como exemplo o caso concreto e recente do Afeganistão, país que produz lítio e papoula, de onde se extrai ópio, cujo derivado é a morfina, bem como a heroína.

 

Os americanos gastaram 1 trilhão de dólares para “democratizar” essa região, dinheiro onde apenas 2% chegou ao andar de baixo e o restante “vitaminou” os lucros do complexo industrial militar dos EUA.

 

O exército de Biden derrotado sai às pressas do campo de batalha. A América Latrina produz petróleo, minério de ferro, cobre, lítio, soja, carne e açúcar. A guerra agora é aqui, sacou?

 

Na terra da jabuticaba, o recente encaminhamento da fatiada Reforma Tributária acendeu o conflito de classes. O capital bancário não suporta a hipótese de ver os gordos dividendos tributados.

 

Aliás, no último trimestre os balanços das empresas negociadas na B3 paulista cresceram 1650%(!), em relação ao trimestre anterior.

 

Até o ultraliberal ministro Paulo Guedes reconhece que os 20 mil cidadãos super ricos que receberam 360 bilhões de reais em dividendos em 2019, sem justificativa, boicotam a tramitação do projeto que tributa essa mamata generalizada.

 

No frigir dos ovos, o Fundo Público está em disputa, bem como seu manejo por parte do estamento político burocrático que não abre mão de seus privilégios, na forma de cargos, emendas, subsídios, renúncias fiscais, fundo partidário, remunerações e juros da dívida pública.

 

Os blocos no poder que se digladiam, com vistas às eleições de 2022 têm, cada um, explicitado suas prioridades, com base na representação de cada fração do capital nacional e internacional.

 

A terceira via, representada pelo PSDB e pelo DEM busca priorizar a agenda do capital associado, dos bancos internacionais, agronegócio exportador, montadoras e grandes mineradoras.

 

O Partido dos Trabalhadores resgata a versão keynesiana estatista para atrair a burguesia interna (estatais remanescentes, empreiteiras nacionais, industriais de bens não duráveis e bancos nacionais).

 

O PDT e Ciro Gomes buscam a retomada da industrialização, supondo uma ilusória divisão entre capital físico e capital fictício e o Bolsonarismo tem como base o militarismo, o agronegócio e a burguesia compradora/importadora de bens.

 

O jogo está na mesa senhores, façam suas apostas. Afinal, tudo flui. Nós descemos e não descemos pelo mesmo rio, nós próprios somos e não somos. Para o filósofo Heráclito, as aparências enganam.

 

For Ranulfo Vidigal

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