Wladimir Garotinho e Frederico Paes
O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do prefeito
Wladimir Garotinho (PSD) e do seu vice, Frederico Paes (MDB), por abuso de
poder econômico por promoção de fake news contra o então candidato Caio Vianna
(PDT), no segundo turno das eleições a prefeito de Campos 2020. A ação foi
movida pelo próprio MP e aguarda, agora, as alegações finais da defesa de
Wladimir e Frederico. Segundo a promotoria eleitoral, que pede também a
inelegibilidade dos dois por oito anos, houve impulsionamento ilícito de posts
na página de Wladimir para associar Caio ao ex-prefeito Rafael Diniz
(Cidadania). Em nota, o prefeito de Campos diz que seu posicionamento sobre o
processo é de tranquilidade.
O MP sustenta que “entre os dias 20 e 22 de novembro, o 1º
Representado (Wladimir) realizou a divulgação de 'fake news' em sua página
pessoal do Facebook, ao afirmar que ‘Rafael Diniz está ameaçando os
funcionários, que Caio Vianna está contando mentiras, que Rafael Diniz se uniu
ao candidato Caio Vianna’”. Ainda de acordo com o MP “para a divulgação das referidas
“fake news”, o 1º requerido (Wladimir) fez uso de recursos de campanha para
fazer impulsionamento ilícito, em sua própria página pessoal do Facebook, na
época alcançando um número aproximado de 100.000 leitores, por nada mais, nada
menos, que 50 impulsionamentos feitos por ele mesmo, números esses que, por si
só, já são suficientes para afetar a lisura do processo democrático”.
Para o promotor José Luiz Pimentel Batista, que assina as
alegações finais do MP Eleitoral, em resumo, “restou amplamente comprovada a
conduta desleal dos requeridos (Wladimir e Frederico) que, cientes do resultado
do 1º turno que expressou a maciça desaprovação e rejeição da população
campista ao candidato Rafael Diniz, iniciou a divulgação de fake news –
utilizando considerável quantia monetária para o impulsionamento de conteúdo
(De R$ 1.000,00 à R$ 1.500,00 para o alcance de 90 mil a 100 mil pessoas) – a
fim de fazer crer à população campista que o único concorrente dos requeridos
no 2º turno estaria aliado ao candidato rejeitado pela população e, ainda, que
sua eleição ensejaria a continuidade do modus gubernationem (modo de
governança) que a população, expressivamente, rejeitou no 1º turno”.
Em nota enviada pela assessoria, “o posicionamento do
prefeito Wladimir Garotinho é de tranquilidade, pois trata-se apenas de trâmite
processual de uma ação movida pelo Ministério Público Eleitoral durante o
pleito passado, quando, o então candidato Wladimir, com base na declaração de
um vereador da base governista, questionou o pedido de votos pela Prefeitura
para beneficiar outro candidato ao Executivo Municipal”.
FOLHA 1
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