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23/08/2021

PRODUÇÃO LEITEIRA AUMENTA PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO ESTADUAL; CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ TEM 40%

 


A produção leiteira do Norte Fluminense aumentou a sua participação de 18,02% para 19,32% na produção total do estado. Campos contabilizou a maior produção de 33.477 mil litros ano, ou seja, 40,12% da produção regional, segundo dados do IBGE. Porém, os números também mostram que a produção apresentou uma leve queda de 0,61% nos últimos anos.  

 

São Francisco de Itabapoana produziu 16.386 mil litros ou 19,64%. Já São Fidélis registrou uma produção de 11.020 mil litros ou 13,21% da produção regional.   Campos manteve a mesma produtividade de 1.356,4 litros/vaca/ano; São Fidelis manteve a de 1.046,9 litros, enquanto São Francisco de Itabapoana, com uma produtividade 1.556,72 litros vaca/ano. 

 

A produtividade é o maior desafio de Campos em relação a pecuária. Na comparação entre a produtividade de Campos (a menor entre os municípios selecionados) e a maior pertencente a Barra Mansa, com 2.709,94 litros/vaca, podemos observar uma diferença de 182,29% em favor do município do Sul Fluminense.   

 

“Apesar da importância em quantidade, a nossa produtividade regional fica abaixo da produtividade do Estado e do país”, comentou o economista Alcimar Chagas Ribeiro, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em seu site https://site.coneflu.com.br.   

 

Isoladamente, a pecuária é a atividade no campo que cria menos vagas de emprego. Mas são imensas suas potencialidades de ampliar a capacidade de geração de postos de trabalho, a partir da incorporação de tecnologia com a instalação de unidades de processamento da produtos primários para itens de valor agregado como leite em caixa, iogurte, manteiga, requeijão e doces.   

 

— É o que chamamos de agroindústria. Mas para que isto ocorra é fundamental ações de planejamento visando, além do aumento da produtividade leiteira, a eliminação das desigualdades regionais e no interior de cada região, através de um modelo piloto padrão com a demonstração das melhores praticas e estratégias de correção dos gargalos existente, seriam essências para a reorganização produtiva.   

 

O professor Alcimar avaliou ainda como de capital importância  “a criação de uma rede de proteção aos produtores com foco na ação coletiva e na organização territorial também é de capital importância”.  

 

— Baseado nos indicadores apresentados, existe um amplo espaço para melhoria da produtividade na região. Potencialmente o Norte e Noroeste Fluminense contam com uma atividade relevante, já que o estoque de vacas ordenhadas representou 54,72% em relação ao estado no ano de 2016. Apesar da importância em quantidade, a sua produtividade ficou abaixo da produtividade do estado e do país — acrescentou.  

 

Em 2015, o governo estadual implantou o programa Balde Cheio para incrementar a produção leiteira no país, com apoio da Embrapa. “O programa é interessante porque visa transferir conhecimento e tecnologias para o produtor, mas muitos não estavam preparados para absorver. Eram pequenos proprietários que não conseguiam produzir em maior escala, e o comprador acabava ditando os preços”, analisou.  

 

Alcimar defende um novo modelo de organização da cadeia produtiva. “Precisamos pensar um formato de organização produtiva com a inserção de tecnologia e conhecimentos para os pequenos produtores que passa também pelo apoio para escoamento e a comercialização dos produtos”.  

 

Embora reconheça que as cooperativas estejam com imagem um tanto desgastada, o especialista admite que há bons exemplos por perto e pelo país afora, casos da Coagro (Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro) e outros, especialmente no sul do país. 

 

FONTE:CAMPOS 24 HS

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