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25/09/2021

CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ COM A 2ª MAIOR POPULAÇÃO DE CRIANÇAS SEM CONVIVÊNCIA COM RESPONSÁVEIS

 

Os dados são do Censo do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do MPRJ

 

Campos dos Goytacazes permanece sendo o segundo município do Estado com maior número de crianças e adolescentes acolhidas em instituições por não terem mais convivência com os responsáveis, aponta o 27º Censo da População InfantoJuvenil Acolhida no Estado, divulgado hoje pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). São 98 crianças e adolescentes acolhidas no município do Norte Fluminense, número só superado pela capital, que registra 437. 

 

Os principais motivos de acolhimento em Campos são: negligência (32 crianças), abandono pelos pais ou responsáveis (9) e em razão de suas próprias condutas (9). No Município verifica-se que 78.5% das crianças e adolescentes acolhidos são da raça negra, sendo 39.8% de cor preta e 38.7% de cor parda. 

 

Os dados do 27ª Censo foram divulgados hoje pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude (CAO Infância e Juventude) do MPRJ, Rodrigo Medina. O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, esteve na abertura do evento, assim como o secretário nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, além de outras autoridades. 

 

O Censo é realizado a cada seis meses e traz informações relevantes sobre crianças e adolescentes em acolhimento familiar e institucional no Estado do Rio de Janeiro. Nesta edição, que teve dados coletados do sistema Módulo Criança e Adolescente (MCA) em 30 de junho de 2021, também foi apresentado um estudo específico relacionado aos efeitos provocados pela pandemia na dinâmica de acolhimento de crianças e adolescentes, comparando o período de junho a dezembro de 2020 com o período de janeiro a junho de 2021. 

 

Entre as informações divulgadas, uma, em especial, chamou a atenção da equipe responsável pela coleta dos dados. No ranking dos principais motivos de acolhimento, os casos relatados como de “Responsável impossibilitado de cuidar por motivo de doença” aparecem com maior número de incidências quando comparados aos dois censos anteriores, muito possivelmente em razão do agravamento do estado de saúde de pais ou responsáveis durante o período da pandemia. Além disso, constatou-se o incremento do número de acolhimentos no Estado do RJ, retomando o patamar verificado em 2019, que havia sido afetado, significativamente, no início da pandemia em 2020, quando se registrou uma redução superior a 50% no número total de novos acolhimentos.

 

Na sequência da apresentação dos dados foram feitas duas palestras, sob o tema “Pensando no futuro: os desafios para assegurar os direitos fundamentais de crianças e adolescentes no contexto da pandemia Covid-19”. A coordenadora do Unicef na região sudeste, Luciana Phebo, falou sobre o enfrentamento à desigualdade de acesso à educação e o abandono escolar. Já o diretor de Políticas e Direitos da Criança no Instituto Alana, Pedro Hartung, discorreu sobre o impacto da pandemia no desenvolvimento de crianças e adolescentes e as consequências para a próxima geração.


FONTE:CAMPOS 24 HS 

 

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