Norte Fluminense: Economia de cidades como Campos dos Goytacazes , com orçamento bilionário, continua perdendo dinamismo
São tempos de perplexidade, em escala planetária. Tá voando moeda para todo lado e faltando comida, gás domiciliar, gasolina, chips de memória, papel higiênico e inúmeras outras utilidades básicas. Já os ricaços escondem ganhos fabulosos em paraísos fiscais.
No Brasil, a
imunização atingindo mais da metade da população brasileira permite vislumbrar
uma paulatina reabertura dos pequenos negócios no setor de serviços, tanto para
o final deste ano, quanto para o verão que se aproxima.
A melhora é
lenta, mas firme. O consumo das famílias sente a alta carestia e o desemprego
que segue elevado
As empresas
industriais sofrem o impacto da escassez de suprimentos, ou com a crise hídrica
o reflexo nos preços da energia elétrica, enquanto a alta das commodities dobra
o preço do botijão de gás e dos combustíveis. Já os juros (em elevação)
encarecem os financiamentos para compra da casa própria.
A
volatilidade nos preços dos ativos causa comportamentos de precaução. Assim, a
capacidade ociosa posterga investimentos.
Regionalmente,
a recuperação de Macaé e Rio das Ostras se lastreia na nova cotação
internacional do petróleo e os empregos no Porto do Açu chegam com a construção
de uma nova unidade termelétrica.
O norte
fluminense, que representa 8% do PIB estadual, vê sua capital (Campos dos
Goytacazes) perder dinamismo. A capital do açúcar ainda não consegue encontrar
seu novo papel estratégico nesse mundo pós-pandemia, apesar de possuir um
orçamento municipal invejável.
Em
contrapartida, a cidade maravilhosa gerando 1/3 do PIB estadual busca saídas na
recuperação de seus serviços de alta complexidade, seu turismo e sua oferta de
bens culturais. Novos personagens surgem.
A lição que
fica é a necessidade urgente de combater, com vigor, a renda volátil das
famílias com crianças e adolescentes mais pobres, ou seja, pensar programas
sociais que retirem do horizonte a instabilidade de seus ganhos correntes.
A pobreza
extrema já atinge quase quinze por cento dos lares na economia que gera 10% do
PIB nacional.
Nas famílias
mais vulneráveis fluminenses, apenas 20% possui ocupação com carteira assinada
atualmente, contra 35% sem carteira assinada e igual percentual trabalhando por
conta própria, ou empreendendo.
Nesse
quadro, apenas 1/3 contribui para o INSS, enquanto 30 por cento depende de
programas de transferência de renda (nacional/estadual, ou municipal).
O elevado
grau de vulnerabilidade pode ser aferido quando se nota que a renda do extrato
de renda média/alta mensal é 10 vezes superior ao das famílias pobres.
Na mesma
linha de raciocínio, a aposentadoria mensal é 4 vezes maior nas proles mais
ricas. Resumo da ópera: Voltamos aos
tempos de viração na segunda economia do país.
FONTE:RANULFO
VIDIGAL – PORTAL VIU
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