Furacão consolida alta competitividade desde 2018 e reforça "alma copeira" do time para colecionar títulos. "Um clube que devia ser mais falado. Um time gigante", diz Thiago Heleno
Por Rodrigo
Saviani — Montevidéu, Uruguai
O Athletico
se agiganta com a conquista da Copa Sul-Americana pela segunda vez em um
intervalo de três anos. Mais do que isso: a taça levantada em Montevidéu após a
vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino consolida a alta competividade vivida pelo
time desde 2018.
Nas últimas
quatro temporadas, o Furacão soma sete títulos: as duas Sul-Americanas (2018 e
2021), uma Copa do Brasil (2019), a J. League/Conmebol (2019), além de três
Paranaenses (2018, 2019 e 2020). E tem ainda a final da Copa do Brasil, contra
o Atlético-MG, em dezembro, o que pode aumentar esse número de conquistas.
Além disso,
o Rubro-Negro garantiu um lugar na fase de grupos da Libertadores 2022 e vai
disputar a principal competição continental pela oitava vezes, sendo a quarta
desde 2019.
– É um clube
muito sério, que devia ser mais falado, respeitado. Um time gigante. Segredo é
muito trabalho, humildade, não temos medo de enfrentar nenhuma equipe. O
segredo é todos entenderem o projeto e remarem para a mesma direção – disse o
capitão Thiago Heleno, em entrevista coletiva.
Para chegar
à final em Montevidéu e ganhar a Sul-Americana 2021, o Athletico precisou se
reinventar na competição. O Furacão começou de forma bem tímida na fase de
grupos, com vitórias magras e sem convencer diante de adversários sem grande
expressão continental – Aucas (Equador), Metropolitanos (Venezuela) e Melgar
(Peru).
O
Rubro-Negro ganhou corpo quando chegou o mata-mata. Aí apareceu a “alma
copeira” que veio junto com essas conquistas recentes citadas anteriormente.
Foi a partir das oitavas de final, contra times mais conhecidos e maiores, que
o Athletico entrou de vez na competição. Passou com tranquilidade pelo América
de Cali, teve que buscar uma virada incrível sobre a LDU (perdeu por 1 a 0 em
Quito, saiu atrás na Baixada, mas virou e fez 4 a 2), e foi para a final após
eliminar o Peñarol com duas vitórias convincentes.
A vaga na
final, aliás, veio três semanas depois da demissão de António Oliveira e um dia
antes do anúncio da contratação de Alberto Valentim como novo treinador.
Antes da
decisão da Sul-Americana, o Athletico encarou um momento difícil no
Brasileirão, com uma vitória em oito jogos. Bem neste momento, o Furacão
superou o Flamengo e avançou para a final da Copa do Brasil.
Em
Montevidéu, o Athletico foi preciso e organizado para encarar a finalíssima com
o Bragantino. O gol da vitória saiu dos pés do sempre decisivo Nikão, ainda no
primeiro tempo. Depois disso, o Furacão segurou a pressão que o Bragantino
tentou impor e fez o torcedor comemorar o título.
Assim veio o
bi da Sul-Americana. Algo que nenhum time brasileiro conseguiu neste competição
que começou em 2002 e completou a 20ª edição. Feito que só os argentinos
Indepediente e Boca Juniors conseguiram.
Mais uma
conquista para um Athletico cada vez mais cascudo e copeiro. Um time que
confirma a cada ano um lugar como protagonista do futebol brasileiro e que vai
voando ainda mais alto na América do Sul.
FONTE:GE
Nenhum comentário:
Postar um comentário