Novo momento do desenvolvimento do Estado passa pela região, com projeção de 7 mil empregos
Depois do
petróleo, fonte de energia finita e poluente, agora é a vez do gás e da energia
eólica. E não vão faltar investimentos e empregos a partir de 2022 a se
confirmar os aportes de recursos para projetos cujas plantas industriais serão
erguidas na Bacia de Campos já a partir do próximo ano, com prioridade para o
setor de gás que irá transformar a região no maior polo de oferta de energia do
país. O pontapé inicial foi dado pelo
setor privado, em São João da Barra, onde a GNAI já construiu a primeira termelétrica,
a UTE GNA I, no porto do Açu. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já
liberou todas as unidades geradoras que compõem a UTE GNA I para início de
operação comercial. novo momento do desenvolvimento do Estado do Rio
de Janeiro passa por Campos e região, com o Polo de Energia do Norte Fluminense
que pode gerar cerca de 7 mil empregos.
Mais duas
têm construção previstas para os próximos quatro anos no Porto do Açu. Além da
UTE GNA I, a GNA irá construir a UTE GNA II, com 1.672 MW de capacidade
instalada, suficiente para fornecer energia para 14 milhões de residências.
Com 3GW de
energia assegurados em contratos de longo prazo e 3,4 GW adicionais de expansão
licenciada através dos projetos GNA III e GNA IV, o Complexo de 6,4 GW é o
maior da América Latina e inclui um terminal para movimentação de Gás Natural
Liquefeito (GNL) onde está atracada a FSRU BW MAGNA, com capacidade para
armazenar e regaseificar até 28 milhões de m³/dia.
No Açu, a
Prumo Logística está se preparando para desenvolver na região Norte Fluminense
o Complexo Eólico Marinho Ventos do Açu, um outro importante passo para a
viabilização do projeto comporto de 144 aerogeradores de 12 a 15 MW, que terá
potência total instalada de até 2,16 GW.
Ventos do
Açu, segundo os seus idealizadores, é a materialização de um dos nossos
objetivos: acelerar o desenvolvimento de negócios com foco na transição para
uma economia de baixo carbono.
Mas é em
Macaé onde se configura a instalação do maior parque de geração de eletricidade
em usinas térmicas do país, utilizando o gás natural extraído do pré-sal como
matéria-prima. O plano é instalar 11
usinas, com capacidade total de 14 gigawatt (GW), equivalente a uma
hidrelétrica de Itaipu - um investimento de cerca de R$ 20 bilhões, em até uma
década. Essa quantidade de dinheiro seria a mesma reservada por empresas
petrolíferas para explorar e produzir petróleo no litoral Norte Fluminense, no
mesmo período, segundo especialistas.
A primeira
térmica a sair do papel, em janeiro de 2023, será a Marlim Azul, projeto de R$
2,5 bilhões, operado pelo banco Pátria Investimentos, em sociedade com a Shell
e a Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas (MHPS). Outras nove foram
licenciadas, mas ainda não tiveram a energia contratada em leilão. Por isso, há
grande expectativa em relação aos leilões de energia programados pelo governo
federal para este e próximo ano.
Mas há
também investimentos na área do petróleo com estimativas que apontam para a
geração de 25 mil novos empregos até o próximo ano a partir de injeção de US$
30 bilhões de investimentos na recuperação dos poços da Bacia de Campos .
A
participação do poder público na recuperação da cadeia do petróleo acendeu
expectativas com a abertura do segundo workshop do Promar (Programa de
Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos), realizado em
setembro, em Macaé, marcando a retomada econômica e recuperação dos postos de
trabalho no município.
Num primeiro
momento, Macaé dependia quase que exclusivamente dos royalties e movimentações
econômicas atreladas à operação da Petrobras. Com o deslocamento da maior parte
dos investimentos da estatal para a Bacia de Santos, nas regiões metropolitanas
dos Estados do Rio e São Paulo, petrolíferas de menor porte assumiram uma
parcela dos investimentos da estatal.
Além disso,
a queda abrupta da cotação de petróleo contribuiu para que a arrecadação do
município despencasse. E a decadência trouxe a lição é de que é preciso é
diversificar as fontes de geração de emprego e renda.
A energia eólica está em outros pontos da região. O Porto Central, no sul capixaba, próximo de São Francisco de Itabapoana, assinou no final de outubro de 2021 um Memorando de Entendimentos com a Votu Winds, empresa que planeja instalar um complexo de parques eólicos offshore na região do litoral sul do Estado do Espírito Santo, na altura dos Municípios de Itapemirim, Marataízes, Presidente Kennedy e São Francisco de Itabapoana .
A
localização do projeto da Votu Winds é considerada estratégica por congregar
uma região que além de destacada intensidade e qualidade de ventos conta com a
infraestrutura portuária do Porto Central e com a proximidade dos centros
econômicos e industriais do país. Parte da geração de energia será utilizada na
produção de hidrogênio e amônia verdes, combustíveis com papel primordial na
transição para um mundo carbono neutro.
A parceria
com a Votu Winds no desenvolvimento dos estudos de viabilidade para o projeto
de energia renovável está alinhada com os objetivos do Porto Central de
desenvolver um Hub de Energia Verde e Limpo na região sul capixaba para um
futuro mais sustentável.
Para quem
está atrás de uma vaga de emprego, as profissões que estarão em alta neste
contexto são diversificadas: engenheiro de produção, eletricista,
funileiro/montador, funileiro/traçador, inspetor de elétrica, inspetor de
solda, técnico de segurança do trabalho, oficial de navegação, chefe de
máquinas, caldeireiro, assistente de logística e instrumentista offshore, entre
outras.
FONTE:CAMPOS 24 HORAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário