Anthony Garotinho: De candidato a líder nacional a papagaio de pirata de Jair Bolsonaro em Campos dos Goytacazes-RJ
Por Marcos
Pedlowski
Ao contrário
de muitos que vi em mais de duas décadas vivendo na cidade de Campos dos
Goytacazes (RJ) que oscilaram entre o ódio declarado ao abraço apaixonado,
sempre vi em Anthony Garotinho qualidades que o tornavam um potencial líder
político nacional, já que chegou a ficar em terceiro lugar no primeiro turno
das eleições presidenciais de 2002, com respeitáveis 15 milhões de votos.
Entretanto,
dadas as marchas e contramarchas de sua trajetória política, o potencial para
ser uma liderança nacional nunca foi realizado, e Anthony Garotinho acabou
sendo uma espécie de rei de um reinado pequeno, no caso o município de Campos
dos Goytacazes, cidade do Norte Fluminense, onde ele continua reinando
absoluto, muito em função da fraqueza de seus adversários, e não apenas pelos
seus méritos óbvios.
Mas com a
chegada ao poder de Jair Bolsonaro, algo ainda mais tenebroso parece ter
acontecido com o jovem político que subia em caixotes para fazer seus discursos
inflamados contra os coronéis que controlaram com mão de ferro a política
municipal por centenas de anos. É que objetivamente, ao invés de se afastar de
um líder que clara e objetivamente tem ojeriza aos pobres, Anthony Garotinho
agiu para colocar seu grupo político nos braços de Jair Bolsonaro.
Esse abraçar
do Bolsonarismo remove de Anthony Garotinho qualquer possibilidade de ocupar um
papel positivo na mudança de rumos que o Brasil precisará tomar após os
desastrosos quatro anos de Jair Bolsonaro na presidência da república.
Na prática,
ao se abraçar com Bolsonaro, Anthony Garotinho opta pela obscuridade no período
histórico seguinte, pois dificilmente haverá por parte de quem quer seja eleito
para substituir Jair Bolsonaro (o mais provável a ocupar esse papel é o
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva), não haverá espaço para Anthony
Garotinho para além da política paroquial campista.
Por isso
tudo é que a imagem acima sintetiza a situação melindrosa em que Anthony
Garotinho optou por se colocar, qual seja, a de um papagaio de pirata de um
líder impopular e, pior, antipopular, o qual representa tudo o que aquele jovem
político campista tinha o potencial para ser e não foi, e nem será.
FONTE:PORTAL
VIU
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