Houve confusão quando os manifestantes tentaram impedir outros motoristas de trafegarem e PM usou gás de pimenta para dispersar multidão
A novela do
transporte público de Campos ganhou mais um capítulo na tarde desta
segunda-feira (24). Motoristas e usuários protestaram contra uma decisão
judicial que impede a circulação de vans do setores C, D, E e F pela cidade. A
manifestação, que ocorreu nas proximidades da Ponte Leonel Brizola, bloqueou os
dois sentidos da avenida José Alves de Azevedo com pneus queimados. Houve muita
reclamação, tumulto e policiamento reforçado no local.
A PM chegou
a utilizar gás de pimenta para dispersar a multidão no momento em que um dos
manifestantes tentou impedir a circulação de uma van do setor A – que tem
permissão para circular. “Se o meu setor não pode circular, os outros também
não poderão”, disse um manifestante, enquanto tentava retirar o motorista à
força do carro.
L.C ,
motorista de van, cobrou um posicionamento do Instituto Municipal de Trânsito e
Transporte (IMTT):
“Queremos
saber do IMTT o que está acontecendo. Vemos ônibus irregulares na cidade
rodando normalmente, mas não são apreendidos como as vans, queria saber por que
a fiscalização mais dura só com a gente? Nós temos tudo regularizado, seja
documentação, sejam as peças do veículo.”
O homem
ressaltou que o protesto durará até que a decisão judicial seja revogada:
“Hoje o juiz
determinou que os setores C, D, E e F parassem de circular pela cidade, só está
circulando o A. Mas enquanto não ajustarem a nossa situação não vamos deixar
ninguém andar, só vamos sair da manifestação quando solucionar o problema.”
Os manifestantes
incitavam os usuários do transporte a também participarem do protesto. “Se eu
perder o ônibus de 6h da manhã, eu não consigo ir trabalhar, por isso recorro
às vans. Acho uma covardia, uma perseguição a essas vans, enquanto não cobram
os ônibus que fazem descaso com a população, sem horário e frequência”, disse a
professora Luciana Rangel.
As vans dos
setores C, D, E e F ciruculam em bairros como Donana, e Goytacazes, na Baixada
Campista, entre outros.
Por meio de
nota, o presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte, Nelson
Godá, informou que decisão judicial não se questiona, se cumpre. Ele lamenta
que os permissionários estejam sendo afetados, e assegura que as empresas estão
sendo cobradas pela regularidade de prestação de serviço. “Hoje mesmo foram
publicadas no Diário Oficial notificações encaminhadas às empresas por
descumprimento das regras de atendimento à população. O IMTT continua
trabalhando para assegurar que a população não fique sem atendimento”, finaliza
a nota.
Entenda o
caso
No dia 16 de
dezembro de 2021, a justiça acatou um pedido da empresa de ônibus Rogil, que
reivindicava exclusividade nas rotas. Na época foi estipulado um prazo de cinco
dias para encerramento das atividades das vans, mas as vans conseguiram estender
o prazo para mais 30 dias. Após o encerramento dessa data, as vans novamente
foram proibidas do setor C,D, E e F novamente, o que causou a revolta dos
trabalhadores.
FONTE:TERCEIRA
VIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário