As chuvas
nos últimos meses gerou uma série de prejuízos aos Municípios brasileiros,
sendo o segundo período sazonal chuvoso com maiores impactos desde o ano de
2017. A informação é de estudo realizado pela Confederação Nacional de
Municípios (CNM), que contabilizou que entre 1º outubro de 2017 até 17 de
janeiro de 2022 os prejuízos econômicos aos municípios afetados contabilizaram
cerca de R$ 55,5 bilhões.
De acordo
com o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), o período sazonal
das chuvas se inicia a partir do primeiro dia de outubro e termina no final de
março do ano seguinte. Do total dos R$ 55,5 bilhões, o período chuvoso de
2020/2021 foi o mais afetado, com R$ 18,9 bilhões em prejuízos, seguido
do período 2021/2022, com mais de R$ 17,2 bilhões, e, em terceiro, o
período 2018/2019, com R$ 8,2 bilhões.
O
levantamento realizado pela entidade municipalista contabilizou ainda nos
períodos chuvosos entre 2017 a 2022 que os desastres decorrentes do excesso de
chuvas levaram os municípios a 5.622 decretações de Situação de Emergência em
todo Brasil. Diante do exposto, a Entidade chama atenção, que antes do fim do
período chuvoso de outubro de 2021 a 17 de janeiro de 2022, o número de
declarações foi de 1.302, ultrapassando o recorde do período de 2017/2018, onde
contabilizou 1.155 decretações.
De acordo
com com o estudo da CNM, o período chuvoso de 2019/2020 foi o que mais
apresentou número de casas danificadas e ou destruídas, somando 143.602, seguido
pelo período 2020/2021 com 130.884 casas danificadas e ou destruídas. As chuvas
dos últimos seis anos, afetaram mais de 28,8 milhões de pessoas.
Em seis anos
foram contabilizados que 637 pessoas perderam suas vidas por causa dos
desastres decorrentes das chuvas. O período sazonal das chuvas de 2018/2019,
registrou 327 óbitos, 171,7 mil pessoas ficaram desabrigadas e 819,8 mil
ficaram desalojadas. O período foi o mais problemático da história e deixou
mais de 14,8 milhões de pessoas afetadas pelas chuvas. A CNM ressalta que foi
neste período que ocorreu o desastre de uma barragem no município de Brumadinho
(MG), o que ocasionou a morte de 264 pessoas, sendo que, até hoje, ainda há
seis desaparecidas.
O presidente
da CNM, Paulo Ziulkoski, destaca que, além das mortes, os impactos são
imensuráveis quando se leva em consideração os recursos necessários para a
reconstrução do município. “As prefeituras sentem mesmo os prejuízos após o
período das chuvas, quando precisam reconstruir o que perderam. Esses danos não
tem como se mensurar. Há municípios que, passada uma década, ainda não
conseguiram se reestruturar”, alerta.
As chuvas neste início de ano já contabilizam,
de acordo com dados divulgados pelos Estados de Minas Gerais e Bahia, um
prejuízo de R$ 10,3 bilhões aos municípios mineiros
e de R$ 2,1 bilhões aos Municípios baianos,
os dois Estados mais afetados até o momento.
(Com a
Assessoria de Comunicação da CNM)
Nenhum comentário:
Postar um comentário