Exportações fluminenses registraram alta de 44%, refletindo o aumento das vendas da indústria de petróleo e gás
O estado do
Rio de Janeiro teve saldo comercial recorde de US$ 10 bilhões em 2021,
resultado de US$ 32,5 bilhões em exportações e US$ 22,4 bilhões em importações,
maiores valores da série histórica iniciada em 2000.
Os números
fazem parte do Boletim Rio Exporta da Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (Firjan). “O crescimento, principalmente das exportações, reflete o
aumento das vendas da indústria de petróleo e gás.
As
exportações fluminenses registraram alta de 44% no acumulado anual, enquanto as
importações tiveram expansão de 21% no mesmo período”, ressalta Giorgio Luigi
Rossi, coordenador da Firjan Internacional.
O ano
passado foi de recuperação dos resultados do comércio exterior brasileiro, após
um 2020 bastante desafiador com o surgimento da Covid-19.
A retomada
econômica evidenciou os impactos causados pela pandemia nas cadeias produtivas.
Com incremento de 46% no ano, a indústria de petróleo e gás registrou
participação de 74% nas exportações fluminenses, reforçando a vocação do estado
para esse mercado. Uma das companhias que se destacaram nesse campo foi a
Shell.
“A
contribuição do Brasil foi fundamental nos nossos resultados na área de
petróleo e gás, por oferecer uma das melhores oportunidades do mundo em águas
profundas. Atualmente, toda a nossa produção de petróleo é exportada, e é
natural que a alta da cotação do barril, a variação cambial vista no ano
passado e nosso volume de produção, que chegou a uma média diária de 400 mil
barris, tenham sido fatores que levaram a esse resultado”, avalia Alexandre
Cerqueira, gerente de Regulação de Gás e Energia para a Shell América Latina.
O executivo
lembra que grande parte dos mais de 30 contratos de exploração e produção de
óleo e gás da Shell Brasil fica na costa fluminense, estado que também abriga a
sede da Shell há 108 anos.
No final de
2021, a companhia arrematou, com parceiros, o contrato de partilha de produção
do campo de Atapu, na área de cessão onerosa.
Produtos
semimanufaturados em alta
Além da
indústria de petróleo, o avanço de 89% nas vendas fluminenses de produtos
semimanufaturados (US$ 2,9 bilhões) contribuiu bastante para o bom desempenho
da balança comercial. As exportações que se sobressaíram foram dos setores de
Metalurgia (alta de 79%) e Máquinas e equipamentos (78%).
As vendas de
produtos básicos subiram 45% e as de manufaturados, 21%. A corrente de comércio
anual do estado foi de US$ 54,9 bilhões, mantendo o Rio de Janeiro como o
segundo player em participação na corrente de comércio nacional, atrás apenas
de São Paulo. Os embarques fluminenses representaram 12% do total brasileiro.
Principais
parceiros comerciais
Entre os
produtos, destacam-se os semimanufaturados de ferro ou aço enviados para o
mercado norte-americano (+ 82%).
Com o
aquecimento da economia dos EUA, o país se manteve como principal mercado para
o estado, excluindo petróleo, representando 43% das exportações fluminenses. A
China, por sua vez, foi o nosso principal comprador de petróleo (48% dos
embarques).
Nas
importações, as compras fluminenses de óleos brutos de petróleo cresceram 65%,
com destaque para Arábia Saudita.
A alta do
preço do barril de petróleo impactou diretamente nos valores recordes de
exportações e importações. O preço do barril saltou de US$ 51,22 em janeiro
para US$ 77,24 em dezembro. Adicionalmente, as compras de combustíveis e
lubrificantes cresceram 237%.
Nas
indústrias, os principais desembarques foram na categoria Outros equipamentos
de transporte, que incluem plataformas de petróleo, concentrando 21% do total.
Entre os produtos, o principal foi gás natural liquefeito (GNL), alta de mais
de 1.000%.
Ênfase
também para os desembarques originados de países sul-americanos como o Paraguai
(energia elétrica), alta de mais de 1.000%; Argentina (+ 87%); e Chile (+
153%).
Veja
detalhes na página do Boletim Rio Exporta www.firjan.com.br/rioexporta
FONTE:PORTAL
VIU
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