SEM RESPOSTAS SOBRE REAJUSTE SALARIAL, SERVIDORES ACAMPAM EM FRENTE À PREFEITURA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ - Jornal Tempo News

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03/05/2022

SEM RESPOSTAS SOBRE REAJUSTE SALARIAL, SERVIDORES ACAMPAM EM FRENTE À PREFEITURA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ

 

(Foto: Calor Grevi)


Após um dia inteiro de manifestações e sem respostas quanto ao reajuste salarial, nesta segunda-feira (2), os integrantes do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep) decidiram acampar em frente à Prefeitura de Campos dos Goytacazes. De acordo com a presidente do Siprosep, Elaine Leão, os manifestantes permanecerão acampados até terem a resposta do ofício enviado à prefeitura, que solicita transparência nos gastos públicos, para que seja possível a realização de um pedido de reajuste.

 

“Não tivemos nenhuma resposta até agora e continuamos aguardando as informações. Mediante essa questão, os servidores decidiram acampar aqui. Fizemos uma escala para rodízio dos participantes que ficarão acampados. E será assim até a resposta chegar. Se tiver que ser uma semana, 10 dias, será. É por tempo indeterminado. Faremos um revezamento de 15 pessoas, já contratamos banheiro químico, segurança particular e ficaremos aqui”, explica Elaine Leão.

 

No início desta segunda-feira, os servidores organizaram uma manifestação em formato de carreata na entrada da cidade com destino à Prefeitura. A presidente do Siprosep informou, durante o ato, que haverá nova manifestação e paralisação no dia 16 e será convocada uma greve geral, com tempo indeterminado.

 

A manifestação, o acampamento e possível greve geral têm como ponto de partida a falta de respostas por parte da Prefeitura de Campos, segundo o diretor do sindicato Denilson Maciel, sobre o pedido do Siprosep, para ter acesso aos documentos informando os gastos públicos. A solicitação tem como objetivo a realização de um pedido de reajuste salarial, com base nos dados financeiros do município.  (Veja aqui) As mobilizações estão sendo feitas desde o início de março deste ano.

 

De acordo com o diretor do sindicato, Denilson Maciel, o servidor teve perda no poder de compra nos últimos anos e lutam pelo reajuste. “São mais ou menos 48% de perda no poder de compra desde 2016. Estamos sofrendo com a inflação nos últimos anos e sem reposição. Não estamos pedindo aumento real de salário, mas sim a reposição inflacionária”, explica.

 

A última vez que o Siprosep acampou em frente a prefeitura foi em 2020, para cobrar salários em atraso de aposentados e pensionistas. 

 

A prefeitura de Campos informou, por meio de nota, que está aberta ao diálogo com a categoria e que a secretaria de Administração e Recursos Humanos frisa que, por determinação legal, a folha de servidores tem que ser paga com recursos próprios e para que um reajuste seja concedido é necessário aumento da receita.

 

“A prefeitura tem feito vários estudos nesse sentido e sempre manteve diálogo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. No atual governo, o município já garantiu a equiparação salarial dos professores que estavam abaixo do piso nacional.


Em 2021, foram pagas 15 folhas do funcionalismo, incluindo o 13º do ano anterior, que não foi pago pela gestão anterior, e o mês de dezembro, além das 13 regulares do ano, somando mais de R$ 1 bilhão em recursos. Só nos quatro primeiros meses deste ano, foram mais R$ 400 milhões. Do passivo de férias, a prefeitura disponibilizou R$ 30 milhões para a regularização, benefício que também já está sendo pago.  Ao todo, 266 servidores receberam o auxílio-funeral, no ano passado, totalizando R$ 927.042,28 e de pagamento dos direitos dos falecidos R$ 512.728,07, atendendo 71.


A prefeitura formalizou um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), onde se comprometeu a reduzir, gradativamente, o uso de royalties para o pagamento de servidores.  O município havia sido notificado em 2017 para que a medida começasse no ano passado, mas até 2021 o município não estava preparado para essa situação. De acordo com o TAG firmado em 2021, a Prefeitura pode usar 100% de parte dos royalties permitidos no primeiro ano de governo. Em 2022 poderá usar 75%, em 2023, 50% e em 2024 o município terá que arcar com recursos próprios independentes dos royalties para pagar a folha de pagamento. Conforme ficou acordado com o município, o TCE vai aferir os números, anualmente, de modo que os percentuais sejam cumpridos”, disse a prefeitura, por meio de nota.

 

TERCEIRA VIA

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