Em legenda de publicação já apagada, GIOVANNI Quintella Bezerra afirmou: 'Vocês ainda vão ouvir falar de mim'
O
anestesista Giovanni Quintella Bezerra, filmado enquanto estuprava uma mulher
grávida, na noite do último domingo (10), passou a ser seguido por mais de dez
mil pessoas em uma rede social após ser preso em flagrante no Hospital da
Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
O perfil de
Giovanni atraiu muitos usuários da plataforma e diversos comentários de
indignação em suas publicações. O médico, que tinha menos de mil seguidores no
site, já ultrapassa 11 mil, às 17h desta segunda (11).
O
anestesista costumava ser bastante ativo na rede social, na qual publicava o
cotidiano de seu trabalho. Pelas postagens, já apagadas, é possível observar
que Giovanni atuou em, ao menos, dez hospitais das redes pública e privada.
Na legenda
de uma de suas fotos, Giovanni escreveu: "Vocês ainda vão falar de mim.
Esperem". Na primeira publicação do perfil, ele se apresentou aos
seguidores e descreveu que atuar como anestesiologista era seu sonho desde
pequeno.
Giovanni foi
detido após a equipe de enfermagem do Hospital da Mulher suspeitar de sua
conduta e esconder um celular com câmera para filmar suas ações durante
atendimentos a pacientes.
As imagens
registraram o anestesista passando sua genitália no rosto e na boca de uma
mulher que estava sedada enquanto era submetida a uma cirurgia de cesárea. Os
funcionários acionaram a direção do hospital, que convocou as autoridades para
realizar a prisão em flagrante.
Ao ser
abordado pela delegada Bárbara Lomba, da Deam (Delegacia de Atendimento à
Mulher) do município, Giovanni se surpreendeu ao saber que existia um vídeo do
crime. As imagens foram descritas como "estarrecedoras" pela
delegada.
O Cremerj
(Conselho Regional de Medicina do Rio) abriu um procedimento cautelar para
suspensão do anestesista devido à gravidade das imagens. Além disso, o
presidente do conselho, Clóvis Munhoz, informou que será instaurado um processo
disciplinar de cassação do médico.
Por meio de
nota, a Secretaria de Estado de Saúde e o Hospital Estadual da Mulher Heloneida
Studart, em Vilar dos Teles, afirmaram que o médico não é servidor do estado e
prestava serviços como pessoa jurídica havia seis meses nos hospitais estaduais
da Mãe, da Mulher e no Getúlio Vargas, na zona norte do Rio.
A direção da
unidade abriu uma sindicância interna para tomar medidas administrativas e
também disse que está prestando apoio à vítima e à sua família.
A Seap
(Secretaria de Administração Penitenciária) confirmou que o médico já deu
entrada no presídio José Frederico Marques, em Benfica, zona central do Rio. A
audiência de custódia deve ocorrer amanhã, terça (12).
A defesa de
Giovanni Quintella Bezerra afirmou que se manifestará após ter acesso a
depoimentos e provas que foram apresentados durante a prisão em flagrante.
*Estagiários
do R7, sob supervisão de Celso Fonseca
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