Documento da Corte de Contas auxiliará a Justiça Eleitoral na verificação de quem pode disputar as Eleições 2022
Os dados
auxiliam a Justiça Eleitoral a decidir quem poderá ou não concorrer nas
Eleições 2022, com base nas inelegibilidades previstas na Lei Complementar nº
64/90. Dentro dos critérios legais, cabe à Justiça Eleitoral declarar ou não a
inelegibilidade das candidatas e candidatos a um cargo público.
Conforme
prevê a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010 – alínea “g”), são
considerados inelegíveis aqueles que tiverem as prestações de contas rejeitadas
por irregularidade insanável ou que configure ato doloso de improbidade
administrativa. Uma vez condenado, o gestor público permanece inelegível por
oito anos.
A lista foi
entregue em formato digital, por meio de QR Code, mas a relação está disponível
para consulta pública na internet e será atualizada pelo TCU diariamente até o
dia 31 de dezembro deste ano.
A lista
entregue enumerava 6.791 nomes e estava assim distribuída por região e fora do
Brasil: Nordeste com 2.710; Sudeste, 1.552; Norte, 1.201; Centro-Oeste, 712;
Sul com 600; e exterior, com 16 nomes.
Defesa da
democracia – O ministro Edson Fachin
agradeceu ao TCU por mais essa colaboração para com a República e a Justiça
Eleitoral e destacou o papel das instituições na garantia e no fortalecimento
da democracia. “Não pesa dúvida de que seguiremos irmanados nos melhores
propósitos de defesa da democracia e da lisura das eleições”, disse.
“Ao receber
do Tribunal de Contas da União essa relação das gestoras e gestores que tiveram
as suas contas reprovadas no período, a Justiça Eleitoral depara-se com mais
uma alvissareira constatação do funcionamento das nossas instituições
republicanas”, afirmou Fachin.
O ministro
assinalou que a divulgação da lista do TCU, que cumpre determinação legal,
assim como a transparência em relação ao zelo para com a administração pública,
“são fatos que robustecem o nosso processo de registro de candidaturas, a
fiscalização das inelegibilidades e a importância do agir ético por parte
daqueles que almejam governar”. Fachin lembrou, ainda, que o TCU é uma das
instituições que compõem a Comissão de Transparência das Eleições (CTE), criada
pelo TSE em 2021.
Ao final, o
presidente do TSE entregou ao ministro Bruno Dantas um exemplar do Programa de
Integridade do TSE. “Esse compromisso que firmamos com a integridade, atravessa-nos
em variadas dimensões. Fomentamos que as eleições sejam o campo das disputas
limpas, temos combatido a desinformação, ataques infundados à democracia e ao
processo eleitoral, a violência política”, afirmou Fachin.
Sistema
confiável, seguro e auditável – Bruno
Dantas aproveitou a oportunidade para salientar que a Corte de Contas, com base
em três relatórios de auditoria, atestou a confiabilidade, a segurança e a
plena auditabilidade do sistema eletrônico de votação.
Ele lembrou
que o TSE atendeu a todos os pedidos de informações solicitadas e recomendações
feitas pelo TCU para o aprimoramento do sistema. “O TSE não aguarda demandas
por informações. As fornece ativamente em seu site, em seus relatórios e em
seus julgamentos”, disse.
“Qualquer obra
humana pode ser aperfeiçoada, mas esses aprimoramentos precisam derivar de
sugestões e críticas, sobretudo, sinceras”, disse o ministro, ao acrescentar
que o TCU enviou as recomendações imbuído, justamente, dessa sinceridade e da
crença na democracia.
(Com a
Assessoria de Comunicação do TSE)
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