O déficit habitacional é um problema grave no Brasil, com milhares de pessoas sem um local adequado para se viver. São pessoas dependem de políticas públicas para facilitar o acesso a moradias construídas de forma segura, em locais seguros e com boa infraestrutura. Paulo Antonio Kucher, vice-presidente comercial da LYX Engenharia, ressalta que é de fundamental importância que as empresas de engenharia que atendem esse segmento de mercado apoiem o novo formato do programa. “Existem milhares de brasileiros vivendo em condições inadequadas ou ainda gastando com aluguel, sendo que poderiam estar investindo em um imóvel próprio”, pontua.
O termo déficit habitacional é usado para se referir a pessoas e famílias que vivem em habitações precárias ou que não possuem um local para viver. De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2019 o Brasil contava com mais de 8 milhões de famílias sem casa. Já de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), existem mais de 5 milhões de moradias que são consideradas irregulares.
O Minha Casa Minha Vida foi instituído em 2009 com o objetivo de facilitar o acesso à casa própria às famílias de baixa renda. Este ano, com o início do terceiro mandato de Lula, o programa está sendo reestruturado e retomado.
Pandemia – Com a falta de pesquisas e relatórios atualizados, o governo federal afirma que os números do cenário habitacional podem ser ainda mais preocupantes. Em decorrência da pandemia de Covid-19 e do agravamento da crise econômica, principalmente nas camadas mais vulneráveis, o número de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza disparou. Estima-se que, no comparativo dos anos de 2019 e 2022, a população em situação de rua cresceu 38% no Brasil, segundo o IPEA.
Kucher ressalta que é preocupante o número de pessoas que foram afastadas de seus trabalhos ou demitidas durante a pandemia. “Famílias inteiras perderam suas rendas nesses últimos anos. O aluguel já pesava no bolso, aí veio o aumento dos preços, tornando impraticável arcar com as despesas do mês. Por isso essas iniciativas, como o Minha Casa Minha Vida, são essenciais para resgatar a dignidade dessa parcela da população”, observa.
Mudanças – Agora, o Minha Casa Minha Vida irá privilegiar as famílias com renda total de até R$ 2.400, consideradas a de menor renda. Kucher explica que essa é a faixa na qual o déficit habitacional é mais concentrado e com o maior número de pessoas que não têm condições de financiar um imóvel. As principais mudanças anunciadas até o momento têm como foco as reformas de residências, facilitação de financiamento para trabalhadores informais, urbanização de favelas e construções mais próximas às regiões centrais, além de entregar as obras atrasadas ou paralisadas. Segundo o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, o programa não será relançado em janeiro como era previsto.
“A Lyx Engenharia está preparada para qualquer eventual mudança e acredita que as novas regras estarão alinhadas para melhor atender a população ao mesmo tempo que irá colaborar com investimento na construção civil”, salienta Kucher.
Elizeu Pires
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