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15/03/2023

Conta de luz: reajustes de Light e Enel entram em vigor hoje.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou os reajustes tarifários anuais da Light e da Enel, que entram em vigor nesta quarta-feira (dia 15). Para consumidores residenciais, o reajuste da Light é de 7,40%. O da Enel, de 6,18%.


Isto significa que um cliente da Light acostumado a pagar R$ 100 em uma conta de energia desembolsará R$ 107,40, com o mesmo consumo e sob a mesma bandeira. A diferença cresce se o consumo é maior: um cliente que paga R$ 300, em média, passará a ter que desembolsar R$ 322,20 com as mesmas condições.


O cliente da Enel que paga R$ 100 em uma conta de energia pagará R$ 106,18 após o reajuste, com o mesmo consumo e sob a mesma bandeira. Já a média de R$ 300 subirá para R$ 318,54.


Para os consumidores industriais (de alta tensão) da Light, o aumento médio autorizado é menor, de 6,03%. No caso da Enel Rio, haverá uma redução de 4,91% para esse grupo de consumidores.


Mudanças de hábito no banho, na iluminação e no uso de eletrodomésticos, porém, podem ajudar a driblar os aumentos.


Critérios de reajuste

O consumidor paga, na sua conta, os custos decorrentes da compra da energia, da transmissão da eletricidade, da distribuição, além de subsídios, fatores que são levados em conta na hora do reajuste.

Para este ano, o custo da energia subiu pouco, por conta da melhora no nível das chuvas — que tem como consequência um acionamento maior das usinas termelétricas, que são mais caras.

Já os custos de transporte e de distribuição subiram mais. A conta de luz que chega para o consumidor também é acrescida de impostos federais e estaduais.

O dólar, por sua vez, que também pesa na conta, acumulou redução no ano passado. E isso, por exemplo, impacta na compra dos combustíveis das termelétricas e também na definição da tarifa da usina de Itaipu, que tem um peso relevante nas contas do Rio.

Outro fato que também está pesado na conta são os encargos do setor elétrico. Só o pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) vai representar uma alta de 5,5% nas contas de luz. Esse fundo banca os subsídios do setor, como a tarifa social de energia para as famílias de baixa renda e também a compra de combustível para as usinas instaladas em regiões isoladas do país, como na região amazônica.

Neste ano, os consumidores de todo o Brasil pagarão quase R$ 30 bilhões em subsídios. Essa conta é dividida entre os consumidores de todo o país. Esse impacto, porém, foi aliviado com a privatização da Eletrobras. A empresa está fazendo aportes anuais na CDE, de maneira a reduzir o impacto para os consumidores.

O dinheiro que fica para a distribuidora é apenas uma parte do que é arrecadado por ela, já que a empresa precisa pagar às diferentes atividades do setor, como geração e transmissão.

 


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