Em 2022, quando o critério foi o número de doações por milhão de população (pmp), o estado ocupou a quarta colocação (20pmp), atrás de São Paulo (20,5pmp). Os campeões foram os estados de Santa Catarina (44,8 pmp) e Paraná (40,6 pmp), com indicadores semelhantes aos registrados pela Espanha, país que mais capta no mundo.
— As campanhas educativas sobre a importância de doar órgãos têm sua importância. Mas o que mais pesou para que as captações aumentassem foi a intensificação do treinamento das equipes médicas dos hospitais para identificar potenciais doadores nas UTIs e nas emergências das unidades — avaliou o coordenador do programa de transplantes do Rio, Alexandre Cauduro.
A captação segue a orientação da política nacional de transplantes. A prioridade é que o órgão captado seja aproveitado no próprio estado de origem. Quando não existem receptores compatíveis ou a equipe médica do estado avalia que um órgão mesmo em boas condições não pode ser aproveitado, ele é oferecido para outras unidades da federação.
Quando o doador é mais jovem e saudável, como no caso de Caroline Kethlin de Almeida Ribeiro, a probabilidade de aproveitamento de órgãos é maior. Cauduro avalia que a fila do Rio de Janeiro tem indicadores que às vezes são ilusórios e escondem problemas. Ele cita a espera por um rim: ao todo, há 1.316 pacientes que aguardam 17 meses.
— Temos dez mil pacientes em hemodiálise no estado, que precisam de um rim. O estado prepara uma resolução para obrigar as clínicas a cadastrá-los para que todos tenham chances de transplante— disse o coordenador.
Extra
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