O nome de Carlos Victor Carvalho, campista conhecido como CVC, voltou à tona em uma nova etapa de investigações da Polícia Federal (PF) por atos antidemocráticos que aconteceram pelo país no ano passado. Na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF nesta quinta-feira (18), CVC aparece em mensagens chamando o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), de “meu líder”.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) Carlos Jordy tinha o “poder de ordenar as movimentações antidemocráticas”, que culminaram no ato realizado no dia 8 de janeiro de 2023. De acordo com a PGR, uma das formas de como se arquitetavam essas ações era por meio das redes sociais.
E, segundo o inquérito da PF e do Ministério Público Federal, CVC é administrador de pelo menos 15 grupos da militância de extrema direita de Campos no Whatsapp. As investigações apontam ainda que ele foi responsável por planejar e organizar atos antidemocráticos em Campos, na porta de quarteis do Exército e em ruas e rodovias. Nas conversas com Jordy, o campista teria pedido orientações ao deputado.
Liderança de extrema direita, Carlos Victor é primeiro suplente de vereador em Campos, pelo partido Republicanos. Ele concorreu ao cargo nas eleições de 2020 e teve 2.292 votos, utilizando o nome de CVC da Direita Campos. Depois, tornou-se assessor especial do deputado estadual Fillipe Poubel, na Alerj. De acordo com o jornal O Globo, o salário dele no gabinete de Poubel era de R$5.240.
Prisão em 2023 – Carlos Victor Carvalho foi preso há um ano, em 19 de janeiro – 11 dias após os atos antidemocráticos em Brasília. A prisão aconteceu no Espírito Santo, compondo a Operação Ulysses, que apontava o campista como um dos financiadores dos ônibus que levaram militantes de direita a Brasília. Logo após ser preso, CVC foi exonerado do seu cargo na Alerj. À época, ele permaneceu preso durante um mês.
Terceira Via
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