Preso desde
o dia 30 de novembro sob a acusação de comandar um suposto esquema de
corrupção, o deputado estadual eleito e ex-prefeito de Silva Jardim, Wanderson
Gimenes Alexandre, o Anderson Alexandre, pode ter o diploma e posse sustados
pela Justiça, a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral, podendo levar
consigo a prefeita Maria Dalva do Nascimento, que já é ré, junto com ele, em
uma ação julgada em primeira instância, agora tramitando no Tribunal Regional
Eleitoral. Se a decisão de primeira instancia for mantida ela perde o mandato e
uma eleição suplementar é marcada.
Além de
Anderson e Maria Dalva a ação impetrada pela Procuradoria Regional Eleitoral
esta semana envolve a secretária municipal de Saúde, Tereza Cristina Fernandes
e uma dentista da rede, Martha Granthon. Os quatro foram denunciados por
conduta vedada a agente público, acusados de disporem de uma unidade móvel
odontológica em favor da campanha do ex-prefeito a deputado estadual. Em julho
deste ano fiscais da Justiça Eleitoral apreenderam, na garagem da empresa de
ônibus Redentor, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, a unidade móvel, que lá
estava prestando atendimento. No 'Odonto Móvel' foram encontradas fichas com o
brasão do município.
"Não é
crível a inexistência de outros veículos tipo 'Odonto Móvel' em municípios mais
próximos ao local da realização do evento em Jacarepaguá, o que evidencia a
utilização do referido automóvel em benefício único da candidatura de Anderson
Alexandre. A despeito de seu afastamento do cargo de prefeito para concorrer a
deputado estadual, é patente sua atuação como agente público. Não se pode
admitir que o 'Odonto Móvel' tenha sido deslocado de Silva Jardim até
Jacarepaguá sem autorização da Secretária Municipal de Saúde e da prefeita do
município", diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga na ação.
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recorrer, no cargo, à instâncias superiores
FONTE: ELIZEU PIRES
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