Agência Brasil Chefes de Estado e governo do G7 que
participam de sua 45ª conferência de cúpula acordaram sobre o envio de ajuda
aos países afetados pelos incêndios na Região Amazônica "o mais rápido
possível", declarou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.
Ele acrescentou que os líderes das maiores potências
econômicas avançadas estão se aproximando de um consenso sobre como ajudar a
extinguir o fogo e reparar os danos resultantes. Trata-se de encontrar os
mecanismos apropriados, tanto técnicos quanto financeiros, acrescentou, e
"tudo depende dos países da Amazônia", que compreensivelmente
defendem sua soberania.
"Mas o que está em jogo na Amazônia, para esses países e
para a comunidade internacional, em termos de biodiversidade, oxigênio, a luta
contra o aquecimento global, é de tal ordem, que esse reflorestamento tem que
ser feito", advertiu.
Embora 60% da Região Amazônica se situe no Brasil, a maior
floresta do mundo também se estende por oito outros países: Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, e até mesmo o departamento
ultramarino da França, Guiana Francesa.
Na qualidade de atual presidente do G7, Macron colocara os
incêndios amazônicos no topo da agenda da cúpula, após declará-los emergência
global. Numa iniciativa controversa, ele também ameaçou não ratificar o acordo
de livre-comércio assinado entre a União Europeia e o Mercosul (Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai), devido às "mentiras" do presidente
Jair Bolsonaro quanto a seu real comprometimento climático e ambiental.
Um vídeo gravado pelas câmeras oficiais da cúpula mostrou uma
reunião em que líderes europeus discutem justamente a crise na Amazônia. Nas
imagens, divulgadas no sábado pela agência Bloomberg, a chanceler federal
alemã, Angela Merkel, aparece afirmando aos colegas que pretende discutir a
situação das queimadas diretamente com o presidente Jair Bolsonaro.
Além de Merkel e Macron, também estavam à mesa o presidente
do Conselho Europeu, Donald Tusk, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson,
e o premiê italiano, Giuseppe Conte.
A chefe de governo alemã afirma que ligará para o brasileiro
na próxima semana "para que ele não tenha a impressão de que estamos
trabalhando contra ele". Johnson diz em seguida que acha isso
"importante". Até Macron, que primeiro pergunta de quem eles estão
falando, para confirmar se se trata de Bolsonaro, expressa seu apoio à ligação.
"Eu vou ligar", confirma Merkel.
O vídeo não parece ter sido gravado intencionalmente para ir
a público. Em certo momento da conversa, uma mão cobre as lentes da câmera, e a
imagem é cortada.
Fonte: Agência Brasil.
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