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08/08/2019

GREVE DE MÉDICOS É TÃO ARRISCADA QUANTA PARALISAÇÃO DE POLICIAIS



Com paralisação de profissionais da saúde em Campos dos Goytacazes, não há como evitar prejuízos aos pacientes do SUS

Existem categorias que devem se distanciar de movimentos grevistas. São profissionais das chamadas atividades essenciais. Nelas se incluem médicos e polícia.

A primeira dedica-se a salvar vidas e a segunda garante proteção a vida. A interrupção nessas atividades representam riscos para o conjunto da sociedade.

Por isso, é necessário que a greve de médicos na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), deflagrada nesta quarta-feira (07), seja observada com cautela, porque o que está em jogo é a vida, sobretudo, de pessoas pobres que dependem de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ainda que o sindicato dos médicos fale em preservação do atendimento emergencial durante o movimento,  as consequências para a população pobre, que utilizam o sistema público, serão inevitáveis. Afinal, consultas médicas estão sendo postergadas. Pacientes idosos e outros acometidos por doenças que existem acompanhamento contínuo, estão vulneráveis. 

Não se faz omeletes sem quebrar ovos. A parte mais fraca nesse jogo são os pacientes. Serão os ovos quebrados na briga entre profissionais da saúde e governo.

Outro ponto controverso, é que a greve ocorre justamente no momento em que a Prefeitura instala pontos biométricos nas unidades de saúde. Longe de atribuir este tópico como causa do movimento, porque pode ser mera coincidência, mas ficam dúvidas no ar. 

A biometria é uma medida, que apesar de antipática diante de plantonistas, faz-se necessária para manter assiduidade e conter a farra de substituições em plantões. É uma medida que já vigora em Macaé e que inicialmente também gerou desconforto. Com o tempo, no entanto, as coisas se ajustaram.

Há ranhuras no diálogo profissionais da saúde e prefeitura. O secretário de Saúde do Município, Abdu Neme, não tem sido feliz nesta tarefa. Por outro lado, o calendário eleitoral joga lenha nesta fogueira. Talvez, seja a hora da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho entrarem em campo para arbitrar esse conflito. É hora de serenar os ânimos.

FONTE: PORTAL VIU

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