Governo terá dificuldades de aprovar indicação de Eduardo
Bolsonaro para chefiar Embaixada do Brasil em Washington
*Com Sputnik News
O parecer assinado por técnicos do Senado considera que a
indicação do deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de
embaixador nos EUA configura nepotismo.
Segundo o parecer, o cargo de embaixador é comissionado e
neste caso a indicação de parentes até o terceiro grau é vetada.
O documento foi emitido pela Consultoria Legislativa do
Senado, que enquadrou a provável indicação do filho do presidente Jair
Bolsonaro para a chefia da embaixada do Brasil em Washington como ilegal.
“A proibição se estende a parentes até o terceiro grau, o
que, obviamente, inclui filhos da autoridade nomeante, cujo vínculo de
parentesco é o mais próximo possível”, informou o documento assinado pelos técnicos
do Senado e citado pelo jornal O Globo.
Os especialistas do senado especificam que os cargos
políticos mais próximos ao Poder Executivo não precisam obedecer à regra geral
dos comissionados.
O Presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado,
Nelsinho Trad (PSD-MS) ainda não escolheu o relator para o caso de uma futura
indicação.
“Quando a mensagem chegar, teremos um relator, que terá a
incumbência de emitir um relatório, e lá nós iremos ter também um parecer, que
poderá ou não acompanhar o relato já dado. Quem avaliará será o colegiado”,
garantiu Trad.
Na última quinta-feira (14), o presidente, Jair Bolsonaro,
disse que Eduardo sentirá o momento adequado para enviar ao Senado a indicação,
porque é ele quem está conversando com os senadores. A indicação terá que
passar pelo crivo dos senadores. O voto no colegiado e no plenário é secreto.
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