Eleitos na onda bolsonaristas e sem votos para chamarem de
seus, os membros da bancada do PSL na Assembleia Legislativa decidiram obedecer
a ordem do “dono” da legenda e pretendem se reunir na próxima segunda-feira
para anunciarem o rompimento com o governo de Wilson Witzel, que não demonstrou
ainda nenhuma preocupação com isto, pois conta com apoio suficiente na Casa,
mais de dois terços dos parlamentares. Segundo uma fonte ligada ao governo, o
bloco bolsonarista mais atrapalha do que ajuda, pois segue o mesmo esquema do
PSOL, “adotando o extremismo como estratégia”, o que, diz a fonte, “não ajuda a
construir nada”.
Witzel disse em entrevista que foi eleito pelo que é, e que
será candidato à presidente da República em 2022
“Na verdade, é uma bancada composta de personagens
interpretados por péssimos atores. O discurso aos gritos e a cara feia não soma
em nada. Eles estão perdidos. Pelo que percebo, imaginaram que o governo do
estado seria uma extensão dos domínios bolsonaristas, que o governador seria
refém deles. É muito barulho e pose de mau para nenhum resultado positivo”,
completa a fonte.
Embora o senador Flávio Bolsonaro – presidente estadual da
legenda – tenha dado a ordem do rompimento, tem gente achando que nem todos os
membros do bloco vão segui-la. “Tem deputado no PSL que faz discurso pesado,
fala em público contra a tal de velha política, mas vive batendo na porta do
governo pedindo cargos”, disse um membro da base do governo, concluindo que
esses não deverão cumprir a determinação à risca.
Aliás, a ordem para os deputados pesselistas passarem para a
oposição chegou a provocar risos. “A oposição hoje basicamente é feita pelo
pessoal do PSOL. Quer dizer que os dois extremos vão se juntar?”, indaga a
fonte.
FONTE: ELIZEU PIRES
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