O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, na
sessão desta terça-feira (10), a cassação dos mandatos de Rosinha Garotinho e
de Francisco de Oliveira, respectivamente, ex-prefeita e ex-vice-prefeito de
Campos dos Goytacazes (RJ), em 2012, pela prática de abuso de poder político e
uso indevido de meios de comunicação na campanha eleitoral daquele ano. A Corte
também manteve a inelegibilidade dos políticos por oito anos.
Os ministros do TSE tomaram a decisão ao negarem, por maioria
de votos, três recursos propostos por Rosinha e Francisco contra as sanções
aplicadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), e ao
proverem recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
Acompanharam, na íntegra, o voto de Herman Benjamin –
ministro relator original dos recursos e que não integra mais o TSE – os
ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e a presidente do Tribunal,
ministra Rosa Weber, formando a maioria vencedora no julgamento. A análise do
caso foi retomada nesta terça-feira com o voto do ministro Carlos Horbach, que
havia solicitado vista dos processos na sessão de 10 de abril para melhor
análise.
Em seu voto, Herman Benjamin, ao rejeitar os recursos
interpostos por Rosinha e Francisco, endossou a decisão do TRE do Rio de
Janeiro, que constatou abusos cometidos por ambos no desvirtuamento da
propaganda institucional do município, veiculada no site da Prefeitura. De
acordo com o MPE, a publicidade institucional teria propagado obras efetuadas
pela administração municipal como se fossem realizações pessoais de Rosinha
Garotinho, com o único objetivo de promover sua reeleição ao cargo.
O relator também votou pelo provimento do recurso do
Ministério Público Eleitoral. Na ação, o MPE acusou os dirigentes municipais de
contratarem 1.166 funcionários temporários para a Prefeitura em julho de 2012,
ou seja, em período vedado pela legislação eleitoral. A Corte Regional
fluminense havia rejeitado a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) do
MPE sobre esta questão, por considerar que as contratações teriam ocorrido em
data não proibida pela legislação.
Ao apresentar voto-vista na sessão desta terça-feira, o
ministro Carlos Horbach negou provimento aos recursos propostos por Rosinha
Garotinho e seu vice. Também votou pela rejeição do recurso ajuizado pelo
Ministério Público quanto às contratações dos funcionários temporários.
Porém, assim como o relator, Carlos Horbach considerou graves
todos os fatos praticados por Rosinha e Francisco e apreciados “soberanamente”
pelo TRE do Rio de Janeiro com relação ao abuso de poder político e ao uso
indevido dos meios de comunicação na campanha eleitoral para a Prefeitura de
Campos dos Goytacazes em 2012.
(Com a Assessoria de Comunicação do TSE)
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