Enquanto o salário médio mensal dos trabalhadores de Macaé e
de Rio das Ostras diminuíram, o de São João da Barra cresceu 71, 43%, enquanto
a média salarial do campista continuou patinando em 2,5 salários no período de
2009 a 2017. Os dados do IBGE e foram esmiuçados nas redes sociais pelo
economista José Alves de Azevedo Neto, que conversou com a Folha sobre o
assunto.
— A renda média do trabalhador de Campos mantém-se
praticamente, estável no período, em apenas um pouco mais de dois salários
mínimos. Em Macaé, onde há a indústria do petróleo, a renda média formal de 2009
era de 8,03 salários mínimos e em 2017 diminuiu para 6,3 salários, uma queda de
20,3% —analisou.
José Alves pontua que no caso de Rio das Ostras, outra
economia que sofre influência por parte da economia do petróleo, devido ao seu
pequeno distrito industrial, a renda média ficou acima de três salários
mínimos, com alterações em alguns dos anos.
Como em 2013, quando a renda atingiu o patamar máximo de 4,3
salários mínimos. Todavia, no ano de 2017, o salário médio dos empregos formais
do município chegou a 3,5 salários mínimos.
— São João da Barra pulou de uma renda média mensal formal de
2,1 para 3,6 salários mínimos no ano de 2017, o crescimento de 71,43%, por
conta das movimentações do Porto Açu — avaliou.
— Macaé teve sua renda média mensal reduzida em 20,30%,
devido às oscilações no mercado do petróleo, enquanto São João da Barra cresceu
bem. E a economia de Campos, continuou com a sua renda média mensal inalterada
em torno de 2,5 salários, mostrando que as rendas petrolíferas não foram
suficientes para desatar os obstáculos ao desenvolvimento municipal, e, por sua
vez, elevar o nível de renda dos trabalhadores. Ficamos, na condição apenas de
município recebedor das rendas do petróleo e de uma economia de baixa renda. As
consequências deste cenário de estagnação e desastroso sentimos agora na pele —
concluiu.
FOLHA 1
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