A exatamente um ano para a disputa do primeiro turno da
eleição a prefeito, pelo menos nove nomes despontam no cenário do tabuleiro
eleitoral goitacá. Nos bastidores, a largada da corrida pela Prefeitura de
Campos já aconteceu há tempo, com articulações, ataques, entrevistas, análises
e pesquisas internas. Ainda existe muita água para correr debaixo desta ponte
sobre o rio Paraíba do Sul até o dia 4 de outubro de 2020, mas a prévia
apresentada pelos pré-candidatos até o momento começa a dar o tom da campanha,
que promete ser quente e acirrada do início ao fim.
Além do prefeito Rafael Diniz (Cidadania), que já disse que
tentará a reeleição, outros nomes conhecidos e novatos da política campista se
colocam no páreo. É o caso do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD); dos
deputados estaduais Gil Vianna (PSL) e Rodrigo Bacellar (SD); do filho do
ex-prefeito Arnaldo Vianna, Caio Vianna (PDT); do sindicalista José Maria
Rangel (PT); do lojista Marcelo Mérida (PSC); do petroleiro Lesley Beethoven
(PSDB); e do dentista Alexandre Buchaul (sem partido).
Neste tabuleiro posto até o momento, é natural que algumas
peças se alinhem e outras saiam do páreo até a definição oficial das
candidaturas. A proibição de coligação na eleição proporcional para vereador
coloca um tempero diferente para o pleito e pode ter influência na fragmentação
ou não das candidaturas para prefeito. Uma chapa na majoritária pode significar
mais prestígio para a disputa pela Câmara Municipal.
Em 2016, foram seis candidaturas. Nome da então prefeita Rosinha
Garotinho para sua sucessão, Dr. Chicão agregou 13 partidos na sua coligação,
porém, Rafael Diniz, com apenas três legendas, ganhou ainda no primeiro turno
com 55,2% dos votos.
Para 2020, Rafael terá a máquina da Prefeitura nas mãos, mas
2016 também mostrou este fato está longe de ser definitivo para qualquer
conclusão. O prefeito enfrenta a desconfiança do eleitorado depois de pouco
mais de três anos e meio de um governo marcado por medidas de austeridade.
Os outros pré-candidatos também têm como grande desafio
vencer a desconfiança da população campista. Embora ainda não admita
publicamente, Wladimir é a principal aposta da família Garotinho. Com um início
mandato ativo, o deputado novato também enfrenta a rejeição pelo sobrenome e o
desgaste com os frequentes problemas judiciais dos pais.
Após a onda conservadora que varreu o país em 2018 e elegeu
Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência e Wilson Witzel (PSC) para o Governo do
Estado, Gil Vianna ainda tenta surfar, mas a queda de popularidade de Bolsonaro
é um entrave. Na mesma linha, Marcelo Mérida tenta superar o desempenho de
2018, quando teve 9.441 e não se elegeu para deputado federal. Agora pelo PSC,
o líder lojista conta com o apoio de Witzel, mas uma composição não está
descartada.
Candidato em 2016, Caio Vianna conta com o pai Arnaldo como
principal cabo eleitoral, mas a pouca experiência e o pouco envolvimento com o
dia a dia da cidade são apontados como entraves.
Já Rodrigo Bacellar, além do sobrenome conhecido, possui o
apoio declarado do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André
Ceciliano (PT). Após se eleger na primeira disputa eleitoral, em 2018, o
advogado aposta na boa relação com forças políticas estaduais.
O principal nome da esquerda até o momento é José Maria
Rangel. O petista, no entanto, terá contra a rejeição ao partido após os
últimos escândalos nacionais de corrupção. A fragmentação do setor é outro
problema recorrente. O Psol já anunciou que pretende lançar um candidato, mas
não definiu o nome.
Após passar por reformulação no Estado, o PSDB tem como
objetivo uma candidatura própria de Beethoven. E um dissidente tucano,
Alexandre Buchaul, é outro que tem trabalhado por disputar a Prefeitura. Ainda
sem partido, o dentista corre contra o tempo em busca de apoio.
POR ALDIR SALES - FONTE: FOLHA 1
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