Comerciantes pedem a volta das vans ao prefeito Rafael Diniz,
mas ficam sem resposta. Preocupados, procuram a Câmara de Vereadores
Com expressão de preocupação, um grupo de comerciantes de
Campos procurou a Câmara Municipal nesta quarta-feira (27) com um pedido de
‘socorro’ aos Vereadores, visto que o novo sistema de transporte público já
forçou muitos estabelecimentos a fechar, devido a dificuldade dos moradores de
bairros e distritos para chegar ao Centro e, por consequência, diminuição
drástica do número de consumidores. Os comerciantes se queixam do prefeito
Rafael Diniz, com quem se reuniram no último dia 12. Segundo eles, fizeram um
pedido ao prefeito no sentido de que as vans voltem a parar no Centro neste fim
de ano, até o dia 31/12, período no qual as vendas crescem, mas sequer
receberam uma resposta até esta quarta-feira.
“O comércio do Centro de Campos é um dos setores mais
prejudicados com o nosso sistema de transporte público implantado pela
Prefeitura de Campos. Muitas lojas já fecharam e muitas outras vão fechar, caso
o transporte continue sem as vans na área central. Estamos aqui para pedir aos
vereadores que façam uma interlocução com o prefeito”, afirma o
comerciante Nilson Athaíde, que estava
acompanhado dos comerciantes Marcos Fadul, Expedito Cardoso, Getúlio Almeida,
Cacá Dauaire e Carlinhos do Farol. Eles são membros da Associação de
Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa (Carjopa) e também integram um grupo
de comerciantes e empresários que estão se unindo para propor soluções para a
situação caótica do Centro.
Nilson Athaíde afirma também que há comerciantes endividados
e com problemas de saúde em virtude da situação de seus negócios após o novo
sistema de transporte público, que permite apenas que os ônibus circulem no
Centro. “A situação do Centro é emergencial. Por que tirar as vans do Centro se
elas são legalizadas? É um absurdo as pessoas ficarem em tendas, expostas ao
sol e chuva. Nossos funcionários chegam atrasados. Toda cidade foi afetada. Os
ônibus não dão conta”, afirma o comerciante.
COMERCIANTES QUEREM VANS EM TRÊS PONTOS
De acordo com os comerciantes, o principal pedido da pauta de
reivindicações discutida com o prefeito Rafael Diniz, e que ficou sem
resposta, diz respeito a três pontos de
parada de vans no Centro: Avenida 7 de Setembro, entre as ruas do Ouvidor e
Carlos de Lacerda; Ao lado da Igreja Boa Morte; e nas proximidades do Leão das
Baterias.
“Queremos que o consumidor volte ao Centro neste fim de ano,
não queremos voltar a bagunça. Queremos que o nosso sistema de transporte
funcione e que atenda a demanda. Enquanto o sistema estiver passando por
acertos, estamos pedindo ao prefeito Diniz que as vans voltem a atender o
centro da cidade, pois a atual situação está matando o comércio. Isso é uma
grande irresponsabilidade”, enfatizou Nilson Athaíde.
O grupo de comerciantes conversou com o vereador Igor
Pereira. Eles também tentaram falar com o presidente Fred Machado. Receberam,
segundo eles, a promessa de que na próxima segunda-feira haverá uma reunião com
um membro da Procuradoria da Prefeitura para tratar do assunto.
“Basta andar pelo Centro para ver a quantidade de lojas
fechadas. E outras vão ser fechadas até janeiro. O público não vem mais ao
Centro. Não existe mobilidade sem transporte. E o tempo está passando,
precisamos que o prefeito nos dê uma resposta urgente”, finalizou Nilson
Athaíde.
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES ENTREGUE AO PREFEITO PELA CARJOPA
Campos dos Goytacazes, 12 de Novembro de 2019.
Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Rafael Diniz
Assunto: Reinvindicação Emergencial para sobrevivência do
Centro Comercial de Campos dos Goytacazes
Senhor Prefeito,
O Natalé a época mais importante para o comércio de uma forma
em geral. Devido à crise que os governos federal, estadual e municipal
enfrentam, nosso segmento tem passado por significativos prejuízos. Atualmente,
na área da abrangência da CARJOPA (Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa e
Adjacências), estão em funcionamento aproximadamente 480 estabelecimentos,
gerando cerca de 2.400 empregos.
Em reunião realizada no dia 15 de outubro do presente ano,
com a participação de Diretores e Associados da CARJOPA, observou-se que, se
nada for feito, cerca de 20% desses negócios deverão finalizar suas atividades
a partir de janeiro de 2020,significando o encerramento de cerca de 100
empresas e 500 empregos. Mais estabelecimentos fechados representa a diminuição
da circulação de recursos e consequentemente queda na arrecadação de tributos.
Mais desempregados, subentende-se mais assistência que deverá ser feita por
parte do governo municipal. Cada pessoa desempregada interfere na vida, em
média de 4 pessoas, ou seja, 2.000 pessoas precisando de auxílio a mais dos
cofres públicos.
Sabemos que, para reaquecermos a economia central, serão
necessárias ações de curto, médio e longo prazo. Porém,em caráter urgente e
emergencial, para os meses de novembro e dezembro, reivindicamos as seguintes
medidas, a fim de evitarmos o pior Natal da história do comércio do Centro de
Campos dos Goytacazes:
1) TRANSPORTE
PÚBLICO:Prioridade máxima, visto que é o transporte que permite trazer público
ao centro da cidade. Solicita-se que, até a definitiva implantação do SERVIÇO
DE TRANSPORTE COLETIVO ALIMENTADOR DE PASSAGEIROS, os ônibus e vans tenham os
seguintes pontos de embarque e desembarque:
a) Passageiros
vindos da Baixada, Turfe, Jockey Club, IPS e adjacências:
VANS: Av. Sete de Setembro (entre Rua do Ouvidor e Rua dos
Andradas);
ÔNIBUS: Rua do Ouvidor, entre Aquidabam e Av. Sete de
Setembro.
b) Passageiros
vindos de Guarus, Travessão, Morro do Coco, Pecuária, Santa Cruz e adjacências:
VANS: Igreja da Boa Morte
ÔNIBUS: Beira Valão /Terminal
c) Passageiros
vindos da região do Shopping Estrada, Tapera, Ururaí, Ponta da Lama e
Adjacências:
VANS: Beira Valão (Leão das Baterias)
ÔNIBUS: Beira Valão/Terminal
2) CICLO-FAIXA DA
AV. SETE DE SETEMBRO no trecho entre Rua do Ouvidor e Carlos de Lacerda, mudar
trajeto dobrando na Rua do Ouvidor desembocando na Beira-Rio;
3) DECORAÇÃO DE
NATAL: solicita-se que a decoração esteja pronta e colocada em pontos
estratégicos até a primeira quinzena de novembro, a fim de chamar público e
motivá-los às compras;
4) SEGURANÇA:
solicita-se ordenamento das vias públicas (ciclistas) do centro, como
bicicletas nas calçadas, camelôs e número de pedintes;
5) CORREÇÃO DAS
CALÇADAS E CALHAS.
Concluímos que, caso as ações corretivas não sejamefetivadas,
serão mais pessoas precisando de assistência na saúde, promoção social e outros
setores da Prefeitura. Isso reflete-se em menos impostos arrecadados em prol do
poder público municipal, famílias desamparadas e um caos total na economia da
cidade!
Atenciosamente, Diretores e Associados da CARJOPA
FONTE: CAMPOS 24 HS
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