Em situação de extrema dificuldade, Hospitais emitem nota
sobre atrasos de repasses da Prefeitura de Campos
Uma nota divulgada na tarde desta quinta-feira (14), pelo
Sindicato dos Hospitais de Campos fica evidenciado o drama pelo qual passa a
saúde pública no município. O sindicato informa que já são quatro meses que a
Prefeitura não faz o repasse de verbas da complementação da tabela SUS às
unidades de Saúde do município. O sindicato informa ainda através da nota que
os recursos que foram liberados pelo Governo do Estado ainda não foram
depositados.
Com a falta de repasses, o atendimento dos quatro maiores
hospitais filantrópicos - Santa Casa de Misericórdia, Beneficência Portuguesa,
Hospital Plantadores de Cana, Hospital Escola Álvaro Alvim - foi afetado. Um
deles, o Plantadores de Cana, suspendeu o atendimento na pediatria, onde eram
atendidas cerca de 200 crianças por mês. Os hospitais dizem que as dificuldades
são grandes e que já faltam medicamentos e também atrasam o pagamento de
funcionários, além da suspensão de alguns serviços e de cirurgias.
Confira a nota abaixo.
A direção do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de
Saúde e Serviços de Estabelecimentos de Serviços de Saúde da Região Norte
Fluminense (SINDHNORTE) informa que até esta quinta-feira (14/11), a Prefeitura
de Campos não realizou o pagamento dos serviços contratados dos hospitais
filantrópicos. Informamos que já se acumulam 4 meses de atrasos.
Sobre o aporte financeiro através do governo do Estado,
esclarecemos que também até esta quinta, o repasse não foi feito. Acreditamos
que por causa de trâmites administrativos, o dinheiro deverá ser liberado na
próxima semana.
A diretoria explica ainda que os hospitais estão buscando na
Justiça a liberação do pagamento, e aguardam a decisão do Tribunal de Justo, já
que a prefeitura recorreu para não pagar pelos serviços contratados pelo
próprio governo. Também aguardamos decisão da ação impetrada na justiça pela
Promotora de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude, Anik Rabelo
Assed Machado.
A direção do sindicato afirma que os recursos repassados pelo
governo federal (SUS) foram usados para pagamento de parte dos salários e parte
para de compra de materiais e medicamentos.
Ressaltamos que a complementação é vital para a manutenção
dos hospitais, já que a tabela SUS não é reajustada há 19 anos.
FONTE:CAMPOS 24 HS
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